“Senhores, tivemos sim dentro do partido, a unidade da executiva apoiou o Rueda. O fato de alguém dizer lá que você supostamente era o dono de uma aeronave, que alguém voou nessa aeronave, isso não é motivo para fazer uma operação”, declarou Mendes.
Em seguida, o governador levantou suspeitas sobre a origem da denúncia e indicou possível motivação político-partidária
“Depois veio à tona que quem fez isso é alguém ligado ao PSOL, a extrema-esquerda desse país. Então, assim, é muito ruim imaginar, e eu não tenho elemento para afirmar, mas de imaginar que possa estar sendo feito um uso político de importantes instituições desse país”.
A crítica de Mauro Mendes faz referência ao piloto Mauro Caputti Mattosinho, autor da denúncia que embasa a investigação da PF. Conforme revelado veículos de notícia nacionais, Mattosinho é filiado ao PSOL desde 2022, segundo certidão da Justiça Eleitoral.
O piloto afirma ter transportado integrantes do PCC em voos privados e aponta Rueda como o proprietário de uma das aeronaves envolvidas, o que é negado pelo dirigente partidário. Para Mendes, o vínculo partidário do denunciante levanta preocupações legítimas sobre o uso das instituições.
A operação da PF ocorreu no último dia 18 de setembro e cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Rueda. Apesar disso, o nome do presidente do União Brasil não consta como investigado formalmente no inquérito. A investigação apura a atuação de um braço financeiro do PCC no uso de aeronaves para movimentações interestaduais de membros da facção.
Rueda negou qualquer relação com a aeronave mencionada, alegando que o avião em questão pertence a um cliente de seu escritório de advocacia. O União Brasil reiterou apoio ao presidente nacional da sigla e classificou a operação como desproporcional.
Fonte: Olhar Direto