“Tô a par das informações, hoje tive uma reunião com a CGE. Ele me garantiu que está informando e colocando à disposição o próprio relatório para que os deputados possam receber. Alguns já receberam esse relatório e viram que não tem nada disso, acho que hoje nós temos que tomar muito cuidado diante de alguns problemas e não ficar falando sem que haja uma assertividade maior e objetividade maior daquilo que se disse”, declarou o governador em coletiva de imprensa.
Enquanto Mauro Mendes cumpria agenda no continente asiático, ganhou repercussão nacional a reportagem do UOL, publicada em 16 de junho, que detalha nomes e atuações de supostos envolvidos nas investigações. Segundo o texto, 14 deputados são apontados com base em um relatório da Polícia Civil fundamentado em apurações da CGE.
O tema chegou à Assembleia Legislativa, que aprovou a convocação do controlador-geral para prestar esclarecimentos no plenário. Parlamentares alegam haver informações “incoerentes e imprecisas” nas investigações conduzidas pelo órgão.
Após retornar ao Brasil, Mendes se reuniu com o controlador para compreender melhor a situação. “A CGE não fez nenhuma acusação a nenhum deputado, ela identificou o sobrepreço e apontou aquilo num relatório, mas ela não entrou no mérito, no nome de nenhum deputado. Ela vai disponibilizar esse relatório para a Assembleia Legislativa que vai poder aferir isso com os próprios olhos”, reforçou.
O suposto esquema de corrupção foi identificado dentro da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf). Deflagrada em setembro de 2024 pela Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), a Operação Suserano teve como alvos o ex-secretário da Pasta, Luiz Artur de Oliveira Ribeiro, o “Luluca”, além de servidores comissionados, empresários e até uma influenciadora digital de Cuiabá.
A nova reportagem do UOL que teve acesso ao conteúdo do relatório da Polícia Civil, que segue em segredo de Justiça, ampliou o foco das denúncias e apontou também o nome dos deputados estaduais que estariam envolvidos no esquema, somado a um empresário, outro secretário da atual gestão e um prefeito.
Fonte: leiagora