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Política

Governador decide esta semana sanção sobre uso de defensivos aprovado pela Assembleia: o que esperar?

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O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), deve decidir até o fim desta semana se sanciona ou veta o Projeto de Lei 1.833/2023, conhecido como “PL do Veneno”, aprovado pela Assembleia Legislativa no dia 19 de março. A proposta, de autoria do deputado Gilberto Cattani (PL), reduz a distância mínima para aplicação de agrotóxicos em propriedades rurais próximas a áreas habitadas, mananciais e nascentes.
 

A matéria deve ser analisada nesta terça-feira (15) pela Procuradoria Geral do Estado e, segundo o governador, será avaliada por ele nos próximos dias.

“O material chega amanhã para a PGE e minha análise. A decisão sai nesta semana, com certeza”, afirmou Mendes durante agenda em Sinop nesta segunda-feira.
 

O projeto altera a Lei Estadual nº 8.588/2006 e estabelece novos parâmetros para a pulverização de defensivos agrícolas — termo que substitui “agrotóxicos” no texto da lei. O substitutivo aprovado divide as propriedades rurais em três categorias: pequenas, médias e grandes.

Em pequenas propriedades, não haverá limite mínimo de distância. Em médias, o limite será de 25 metros. Já nas grandes propriedades, a aplicação poderá ser feita a 90 metros de cidades, vilas, bairros, moradias, fontes de água e áreas sensíveis.
 

A aprovação gerou forte reação de entidades ambientais, do Ministério Público Federal e de representantes da saúde pública. O procurador da República Gabriel Infante Magalhães Martins alertou, durante audiência pública na Assembleia, que a medida pode agravar os impactos dos agrotóxicos na saúde humana, destacando a presença de resíduos em alimentos e o aumento de casos de câncer em regiões com alto uso de pesticidas.
 

Segundo o Fórum Mato-Grossense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, a proposta compromete a proteção da biodiversidade e a segurança das comunidades rurais. Martins também apontou falhas na fiscalização, especialmente na pulverização aérea, e defendeu o fortalecimento de laboratórios ambientais para análise de resíduos.
 

A proposta foi aprovada com ampla maioria na Assembleia Legislativa, com votos contrários apenas dos deputados Lúdio Cabral (PT), Valdir Barranco (PT) e Wilson Santos (PSD). O deputado Paulo Araújo (PP) se absteve.

Fonte: leiagora

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