A declaração foi feita durante entrevista à imprensa, após receber a medalha da Ordem Homens do Mato, honraria máxima concedida pela Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT), que celebra 190 anos de fundação.
“Sem dúvidas, essa é uma posição que vocês todos sabem. No dia que nós desembarcamos, ou seja, o Partido também declarou o desembarque do governo e deixou claro: a posição nossa é pela anistia. Nós vamos votar e essa posição foi declarada por mim há mais de seis meses atrás, declarada pelo presidente do Partido, Rueda, e pelo presidente do PP, o Ciro. Então, isso é uma posição já definida”, disse.
Caiado, que é pré-candidato à Presidência da República, já havia afirmado que, se eleito, seu primeiro ato será promover a anistia geral. Ele reforçou que a medida deve contemplar “todos aqueles, incluindo o presidente Jair Bolsonaro e todos de 8 de janeiro”.
A discussão sobre a anistia segue dividindo o Congresso. A oposição pressiona para que o projeto seja votado ainda neste semestre, sob o argumento de que a medida atende a um desejo popular. A proposta busca livrar das penas tanto cidadãos comuns condenados pelos atos, quanto políticos investigados, como o ex-presidente Bolsonaro.
O governo federal e sua base no Legislativo, no entanto, rejeitam a iniciativa. A pauta voltou ao centro do debate nos últimos dias por conta do julgamento da chamada “Trama Golpista” na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em que Bolsonaro, ex-assessores e militares respondem por tentativa de golpe de Estado.
Segundo analistas, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que sofre pressão da oposição para pautar o projeto, deve aguardar o fim do julgamento no STF, previsto para 12 de setembro, antes de decidir os próximos passos.
Fonte: Olhar Direto