Os jornalistas Glenn Greenwald e Sérgio Tavares, responsáveis por divulgar detalhes do escândalo “Vaza Toga”, confirmaram presença em audiência no Senado para esclarecer os desdobramentos do caso.
A Comissão de Segurança Pública adiou a reunião que seria nesta terça-feira, 29, e a remarcou para quarta-feira 30, às 11h.
O adiamento ocorreu devido à ausência de outras confirmações. A presidência do colegiado agora tenta reverter a situação e garantir a presença de Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Tagliaferro é a figura mais aguardada.
O requerimento para a audiência partiu do senador Ele propôs ouvir figuras-chave envolvidas no escândalo.
A “Vaza Toga” sugere que o ministro , do Supremo Tribunal Federal (STF), teria interferido no resultado de relatórios elaborados por técnicos do TSE.
Greenwald teve um papel central na revelação do caso. Ele divulgou uma série de mensagens vazadas que indicavam o uso informal do TSE por Moraes para investigar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. O TSE estava sendo usado, segundo as mensagens, como um braço investigativo paralelo. O STF incorporou os relatórios ao Inquérito das Fake News.
O jornalista revelou ainda que o ministro tentou retaliar a Revista. Em 2022, segundo informações divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo, o gabinete de Moraes solicitou ao TSE a elaboração de relatórios sobre a revista, com o objetivo de “desmonetizar” suas publicações nas redes sociais.
O juiz Airton Vieira pediu ao assessor Eduardo Tagliaferro que usasse a “criatividade” ao elaborar o relatório contra . Ele sugeriu incluir “opiniões mais ácidas” publicadas pelo veículo.
O jornalista português Sérgio Tavares divulgou um vídeo em que Tagliaferro — durante conversa com o também jornalista Oswaldo Eustáquio — expressou sentir medo de Moraes e cogitou deixar o Brasil.
Fonte: revistaoeste