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Gleisi afirma que mal-estar do STF com fala sobre anistia será passageiro

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gleisi diz mal estar stf fala sobre anistia nao persistira

Via @jornaloglobo | A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou à coluna não crer que o mal-estar do Supremo Tribunal Federal (STF) com a fala dela sobre a anistia, feita na quinta-feira, persistirá.

— Não acredito nisso. Foi por isso que fiz o esclarecimento logo, para não restar dúvidas — disse a ministra, ao ser questionada se acreditava que o incômodo dos ministros do STF sobre a declaração dela permaneceria.

Magistrados ouvidos pela coluna também afirmaram que não pretendem escalar a crise. Como informou a apresentadora da GloboNews Andréia Sadi, os magistrados do STF se revoltaram com as declarações de Gleisi.

Integrantes do Supremo chegaram a procurar membros do Palácio do Planalto para entender a manifestação de Gleisi. Ela disse à coluna, porém, que não foi procurada por integrantes da Corte.

Na manhã desta sexta-feira, a ministra afirmou que fez uma manifestação “mal colocada” , ao afirmar que considerava defensável “falar sobre anistia ou mediação de pena em relação a algumas pessoas do 8 de janeiro do ponto de vista de alguns parlamentares”. Na quinta-feira, Gleisi também disse que achava que o governo “até pode fazer essa discussão no Congresso”.

— Eu fiz uma fala que ficou mal colocada mesmo, no sentido de dizer que o Congresso tem legitimidade para fazer qualquer debate, inclusive, discutir o que acha sobre as penas. Mas qualquer revisão criminal cabe exclusivamente ao Poder Judiciário, sendo que no caso do 8 de janeiro o responsável por isso é o STF. Nada impede que o Congresso busque uma mediação com o Supremo. O próprio presidente da Câmara, Hugo Motta, está tentando construir esse caminho — disse ela à coluna.

Gleisi enfatizou que na sua fala de quinta-feira se referia a um debate sobre a pena dos condenados pelo 8 de janeiro e não sobre o projeto da anistia que tramita no Congresso.

— Eu me referi aos casos que estão gerando comoção no Congresso sobre o 8 de janeiro. Mas não sobre a anistia geral, ampla e irrestrita. Nossa posição é muito clara, somos contra isso. Até porque o projeto que está lá (no Congresso) de anistia não é para as tiazinhas do 8 de janeiro. É geral e irrestrito para Bolsonaro e os generais — reforçou.

A ministra disse que não chegou a falar com Lula antes de se manifestar sobre a anistia, mas afirmou ter certeza que o presidente tem a posição que ela esclareceu na sexta-feira, de que o STF é o responsável pelas penas.

Por Bela Megale
Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
Fonte: @jornaloglobo

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