Com um índice Firjan de Gestão de 0,5237, Cuiabá aparece com o pior desempenho entre as 26 capitais brasileiras nesse quesito. A média das capitais foi de 0,7888. Em relação aos gastos com pessoal, o índice foi de 0,7169.
Já com relação ao indicador de liquidez, que mede a capacidade do município de honrar seus compromissos financeiros, Cuiabá recebeu nota zero, ou seja, terminou o ano de 2024 sem recursos em caixa suficientes para cobrir as despesas que não foram pagas.
Segundo o estudo, esse indicador verifica a relação entre o total de restos a pagar acumulados no ano e os recursos em caixa disponíveis para cobri-los no exercício seguinte. Ou seja, se as prefeituras estão postergando pagamentos de despesas para o exercício seguinte sem a devida cobertura de caixa.
Além disso, a capital de Mato Grosso também apresentou nível crítico de investimento (0,3781) e, com isso, terminou 2024 em situação fiscal difícil e assumiu a última posição do ranking.
Metodologia
Com pontuação que varia de zero a um, o IFGF é composto pelos indicadores de Autonomia, Gastos com Pessoal, Investimentos e Liquidez. Após a análise de cada um deles, a situação dos municípios é considerada crítica (resultados inferiores a 0,4 ponto), em dificuldade (resultados entre 0,4 e 0,6 ponto), boa (resultados entre 0,6 e 0,8 ponto) ou de excelência (resultados superiores a 0,8 ponto). Na média, os municípios brasileiros atingiram 0,6531 ponto, referente à boa situação fiscal. Vitória (ES) é a única capital a alcançar nota máxima no estudo.
A análise individualizada mostra que o grande destaque é Vitória (ES) que assumiu a primeira posição no ranking ao registrar nota máxima em todos os indicadores do
IFGF.
Em seguida, outros cinco municípios se destacaram no top 6 por atingirem nota máxima em três indicadores (Autonomia, Gastos com Pessoal e Investimentos) e bom nível de Liquidez: São Paulo (SP), Salvador (BA), Aracaju (SE), Belém (PA) e Manaus (AM)
Assim que tomou posse, o prefeito Abilio Brunini (PL) assinou um decreto que declara calamidade financeira em Cuiabá. Os efeitos do decreto tiveram validade de 180 dias. Conforme a atual gestão, no período de 2017 a 2024, o valor da dívida saltou para R$ 1,6 bilhão, levando atualmente a perda da capacidade financeira da Prefeitura de Cuiabá em manter e expandir serviços públicos de qualidade aos cidadãos.
A atual equipe econômica identificou que no período de 2017 a 2024 as despesas da Prefeitura de Cuiabá tiveram aumento de 135% enquanto a entrada de dinheiro nos cofres públicos, no mesmo período, cresceu 115%.
Fonte: Olhar Direto