A Geração Beta, composta por crianças nascidas entre 2025 e 2039, será a primeira totalmente imersa na inteligência artificial (IA), crescendo em um mundo onde a tecnologia estará ainda mais integrada ao cotidiano. Essa nova realidade pode trazer avanços significativos, mas também levanta preocupações sobre o impacto na saúde mental e nas relações humanas.
Cada geração é moldada pelo contexto histórico, social e tecnológico em que cresce. A Geração Beta sucede a Alpha (2013-2024), que já nasceu em meio à digitalização extrema.
No entanto, os Betas terão um nível ainda mais profundo de contato com IA, automação e realidade aumentada, influenciando sua forma de aprender, se comunicar e trabalhar.
Além disso, essa será a primeira geração completamente pós-pandemia de Covid-19. Mesmo sem lembranças desse período, crescerão em um mundo transformado por ele, com modelos de trabalho mais flexíveis, ensino híbrido e uma dependência ainda maior da tecnologia.
Geração Beta e a saúde mental
Para o neurocientista Fabiano de Abreu Agrela, o avanço tecnológico pode ser uma faca de dois gumes: se por um lado impulsiona o desenvolvimento da nova geração, por outro pode acentuar desafios já observados hoje, especialmente no campo da saúde mental.
“O maior contato com redes sociais, inteligência artificial e realidade aumentada pode levar a uma vida cada vez mais virtual, distanciando as pessoas de conexões humanas essenciais”, alerta.
O especialista destaca que o uso excessivo da tecnologia pode aumentar problemas como ansiedade, estresse, depressão, dificuldades de concentração e insônia.
Além disso, a necessidade constante de estímulos digitais pode comprometer habilidades cognitivas e sociais, prejudicando o desenvolvimento emocional dessa geração.
O impacto da IA
A Geração Beta pode herdar desafios da Geração Z, que já apresenta dificuldades como procrastinação, falta de atenção e dependência digital.
Segundo Fabiano, fatores como ansiedade excessiva e exposição prolongada a telas podem até influenciar aspectos neurológicos e genéticos.
“A inteligência artificial terá um impacto profundo na inteligência humana, influenciando não apenas o comportamento, mas também a genética desta e das futuras gerações”, afirma.
Lista de gerações
Geração Silenciosa (1928-1945): Nascidos entre as guerras, marcada por discrição emocional e valorização da estabilidade;
Baby Boomers (1946-1964): Pós-guerra, foco na carreira, lealdade às empresas e papéis de gênero tradicionais;
Geração X (1965-1980): Cresceu em tempos de mudanças sociais e Guerra Fria; mulheres mais ativas no mercado de trabalho;
Millennials – Geração Y (1981-1996): Priorizam lazer, flexibilidade e tecnologia, com menor foco em estabilidade profissional;
Geração Z (1997-2012): Nativos digitais, independentes, preferem carreiras flexíveis e inovadoras;
Geração Alpha (2013-2024): Cresceram com smartphones e redes sociais; futuro ainda em formação.
Fonte: primeirapagina