O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta quinta-feira (4) o programa Gás do Povo, que assegura gás de cozinha gratuito para famílias de baixa renda. A iniciativa substitui o Auxílio Gás e deve alcançar aproximadamente 15,5 milhões de lares em todo o país.
O anúncio ocorreu na comunidade Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, onde Lula assinou a medida provisória que cria o programa. O texto tem efeito imediato, mas precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional em até 120 dias.
A distribuição começará em 30 de outubro e será feita diretamente pelas revendedoras credenciadas, sem intermediários. Segundo o governo, a medida aumenta a transparência e o controle sobre a política pública.
Durante o lançamento, Lula criticou a diferença entre o preço de saída da Petrobras e o valor final cobrado ao consumidor. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também participou da cerimônia.
Com o novo modelo, as famílias contempladas retirarão os botijões diretamente nos pontos autorizados. O governo destacou que a política deve reduzir o uso de lenha e álcool em milhões de residências, diminuindo riscos à saúde e à segurança.
O programa será financiado com recursos públicos já previstos no orçamento: R$ 3,57 bilhões em 2025 e R$ 5,1 bilhões em 2026.
Quem tem direito
O benefício será destinado a famílias cadastradas no CadÚnico, com renda mensal per capita de até meio salário mínimo, priorizando beneficiários do Bolsa Família. O número de botijões ao ano varia de acordo com a composição familiar: até três unidades para lares com dois integrantes, quatro para três pessoas e até seis para famílias com quatro ou mais membros.
A maior parte dos beneficiários está no Nordeste, com 7,1 milhões de famílias. Em seguida aparecem Sudeste (4,4 milhões), Norte (2,1 milhões), Sul (1,1 milhão) e Centro-Oeste (889 mil). No total, a previsão é de 65 milhões de botijões distribuídos anualmente.
Região | Famílias beneficiadas |
Centro-Oeste | 889 mil |
Nordeste | 7,1 milhões |
Norte | 2,1 milhões |
Sudeste | 4,4 milhões |
Sul | 1,1 milhão |
Como funcionará
A retirada poderá ser feita por diferentes meios:
- Aplicativo do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, com vale eletrônico;
- Cartão específico do programa;
- Vale impresso em agências da Caixa Econômica Federal ou lotéricas;
- Cartão do Bolsa Família.
As revendedoras participantes terão identidade visual padronizada. O preço de referência do botijão será definido pelos ministérios de Minas e Energia e da Fazenda, com base em dados da ANP, considerando as diferenças regionais. O valor não inclui a taxa de entrega.
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Fonte: cenariomt