Os resultados da safra 2024/25 e o futuro da cotonicultura no Brasil serão debatidos no 17º Encontro Técnico do Algodão, promovido pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT). O evento será realizado entre os dias 2 e 4 de setembro, no Hotel Gran Odara, em Cuiabá (MT).
Com o tema “Inovação no campo, fibra que transforma”, o encontro reunirá pesquisadores, produtores rurais, consultores, técnicos, profissionais da indústria e de toda a cadeia produtiva do algodão. “Os participantes podem esperar um bom conteúdo técnico para auxiliar na tomada de decisão. Sempre nesses eventos, além dos resultados, teremos muita conexão entre a pesquisa, a indústria e o produtor. É o momento de nós nos integrarmos, nos conectarmos e elevarmos o nível da agricultura no Mato Grosso”, destaca o supervisor de pesquisas da Fundação MT, Ciro Maia Brito.
O evento será no formato híbrido, com participação presencial e transmissão online. A programação tem início na tarde do dia 2 de setembro, com o painel de abertura que abordará o cenário atual da cultura do algodão no Brasil. A presidente da Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa), Alessandra Zanotto da Costa, participará da discussão, representando a Bahia, segundo maior produtor nacional, atrás apenas de Mato Grosso. O diplomata e economista Marcos Troyjo, ex-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (Banco do BRICS), também estará presente, trazendo uma análise do agronegócio brasileiro no contexto da economia global. O co-fundador e diretor administrativo da SP Ventures também será um dos debatedores do painel.
Durante os três dias de evento, serão promovidos sete painéis técnicos, com destaque para temas como resistência de pragas, manejo integrado, qualidade da fibra, uso de fertilizantes, fitossanidade e manejo de nematoides.
O Painel 1, sobre Manejo Integrado de Pragas, vai tratar da perda de eficiência da tecnologia VIP para controle da lagarta Spodoptera frugiperda, trazendo à tona os riscos do aumento da resistência aos inseticidas. A pesquisadora Mariana Ortega, da Fundação MT, e a presidente do Comitê de Ação à Resistência a Inseticidas, Mariana Durigan, discutirão o impacto desse cenário na próxima safra.
O segundo dia do encontro será marcado pela retrospectiva da safra 24/25. Um momento muito aguardado que vai trazer os relatos de produtores rurais do Norte, Médio-Norte, Sul, Vale do Araguaia e Oeste do estado. Os cotonicultores vão falar de suas experiências e das estratégias que levaram a altas produtividades, como também o planejamento para o próximo ciclo.
Na sequência, o painel sobre Manejo Integrado do Algodão, será conduzido pela pesquisadora de fitotecnia da Fundação MT, Daniela Dalla Costa, e contará com a participação do produtor Alexandre Schenkel, abordando estratégias para melhoria da qualidade da fibra e aumento da produtividade. O fisiologista Ederaldo Chiavegatto, que é pesquisador e professor da Universidade de São Paulo, contribuirá com reflexões sobre como o manejo baseado na fisiologia vegetal pode transformar os resultados no campo.
Outro ponto alto será o Painel 4, que debaterá a eficiência no uso de potássio em solos arenosos e argilosos, um tema central frente à busca por sustentabilidade e redução de custos na adubação.
Ao longo dos três dias, haverá ainda espaços dedicados às empresas parceiras, apresentação de resultados de pesquisa da Fundação MT, debates técnicos, momentos de networking e coquetéis de encerramento ao fim de cada dia. As inscrições ainda estão abertas e podem ser feitas pelo site: fundacaomt.com.br
Fonte: cenariomt