“O fumacê tem uma eficácia muito baixa e momentânea. Ele só age no instante em que está sendo aplicado, mas não mata as larvas, que são o principal problema. O método mais eficaz é a população nos ajudar,” declarou.
Abilio explicou que a prefeitura solicita o fumacê apenas como uma ferramenta auxiliar quando os índices de infestação atingem níveis críticos. No entanto, ele reforçou que eliminar criadouros do mosquito é a forma mais eficiente de combate.
“Às vezes, a pessoa cuida do quintal dela, mas o vizinho não. O agente de endemias não pode entrar em residências sem autorização, e muita gente está desconfiada, o que dificulta o trabalho. Além disso, terrenos baldios e calçadas cheias de mato acumulam água e viram criadouros,” ressaltou.
O prefeito também mencionou as dificuldades legais para intervir em propriedades privadas que não são mantidas adequadamente e acaba virando um grande criado do mosquito aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.
“Se dependesse de mim, a prefeitura limparia tudo e ainda aplicaria multa, mas a legislação não permite. Precisamos que os donos dos terrenos façam sua parte. Estamos tomando todas as medidas necessárias, mas sem o apoio dos moradores, fica muito difícil controlar os focos do mosquito,” destacou.
Conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Cuiabá registrou, nos dois primeiros meses do ano, mais de oito mil casos de dengue, com quatro mortes em decorrência da doença. Em relação à chikungunya, foram confirmados 2.454 casos, com oito óbitos e outros nove em investigação. Já a zika teve registro de oito casos, sem nenhuma morte.
Fonte: Olhar Direto