Em uma manobra para estancar a perda de mercado na Europa, a Ford anunciou uma aliança estratégica com o Grupo Renault. O objetivo é claro: produzir carros elétricos realmente acessíveis para combater a invasão das marcas chinesas. E um dos modelos no portfólio pode ser o clássico Fiesta.

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Ford Fiesta vai voltar?

A nova parceria com a Renault marca uma mudança de rota significativa para a gigante norte-americana, que viu sua participação no Velho Continente despencar de 8,3% (2005) para preocupantes 2,9% em 2025, após aposentar ícones de volume como o Ka, o Focus e, principalmente, o Fiesta.

O principal ponto deste acordo é o retorno da Ford ao segmento de compactos populares. O primeiro fruto da união será um hatch elétrico, confirmado para estrear no início de 2028, que atuará como o sucessor direto do saudoso Ford Fiesta.

Para viabilizar o projeto, a Ford utilizará a plataforma AmpR Small da divisão de elétricos da Renault, a mesma base que dá vida ao novo Renault 5. A produção acontecerá no complexo ElectriCity, no norte da França.

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Por que a Renault e não a VW?

O anúncio surpreendeu o mercado, pois a Ford mantinha uma parceria com a Volkswagen (usando a base MEB para os modelos Explorer e Capri). No entanto, as vendas desses modelos baseados na tecnologia alemã estão abaixo do esperado, forçando cortes na produção.

A escolha pela tecnologia francesa da plataforma Ampere se deve ao custo. A arquitetura da Renault permite o uso de baterias LFP (Fosfato de Ferro-Lítio), que são mais baratas e robustas que as atuais NMC, permitindo que o novo carro da Ford tenha um preço estimado na casa das 22.000 libras (aprox. R$ 165 mil).

Como será o “novo” Fiesta elétrico?

A norte-americana garante que não fará apenas uma “troca de logotipo” (o temido rebadge). Embora o chassi seja francês, a promessa é de um DNA 100% Ford.

• Design exclusivo: A carroceria terá identidade visual própria, sem lembrar o “irmão” Renault 5.
• Dinâmica de condução: A calibração de suspensão e direção será feita pela engenharia da Ford para resgatar a esportividade e o prazer de dirigir que consagraram o Fiesta.
• Motorização: Estima-se potência entre 123 cv e 218 cv, com tração dianteira.
• Autonomia: Baterias de 40 kWh ou 52 kWh.

Além do hatch, a parceria prevê um segundo modelo: um crossover compacto derivado da futura arquitetura do Renault 4, que pode substituir o Puma ou atuar como um SUV de entrada.

Queremos saber: você acha que um “Fiesta elétrico” com base da Renault consegue recuperar o prestígio da Ford ou a marca deveria ter mantido sua tecnologia própria?

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Escrito por

Kawane Licheski

Formada em Administração de Empresas, Jornalismo e mestranda em Comunicação. Apaixonada por setor automobilístico, true crime e livros. Fiz da escrita e produção de conteúdo sua paixão e profissão.