Pantanal: bioma do tempo e das águas, é o tema da Galeria que propõe uma imersão sensorial e poética nas belezas e na cultura do Pantanal Mato-grossense, reconhecido pela Unesco, como Patrimônio Natural da Humanidade. O evento será realizado entre 29 de outubro a 2 de novembro, no Chelsea Arts District, um dos circuitos de arte mais renomados do mundo.
Durante cinco dias, o público nova-iorquino vivenciará a gastronomia, moda e a música brasileira, em uma experiência que conecta sustentabilidade, ancestralidade e identidade cultural. A edição deste ano, tem como missão apresentar o Brasil através da arte, do turismo, destacando o bioma pantaneiro como um dos maiores patrimônios naturais e culturais do planeta.
A programação inclui exposições da National Geographic, apresentações culturais e rodas de conversa sobre turismo sustentável, reunindo autoridades, imprensa e representantes do setor turístico dos Estados Unidos.
O grupo Flor Ribeirinha será destaque da abertura oficial do grande evento, representando o coração cultural do Pantanal, com uma intervenção artística de 25 minutos que entrelaça dança, música e performance para celebrar as tradições populares mato-grossenses.
Conforme Avinner Augusto da Silva, diretor geral do grupo Flor Ribeirinha, a apresentação criada especialmente para o evento, traduz o espírito do povo pantaneiro por meio do siriri e do rasqueado, danças que refletem o cotidiano, a fé e o ritmo das águas do Rio Cuiabá. Ele adianta que a performance levará o público a uma viagem pela ancestralidade indígena, africana e ibérica que moldou a identidade de Mato Grosso, um mosaico cultural vivo e pulsante.
Na sua avaliação, participar da Galeria Visit Brasil é mais do que um convite artístico, é um reconhecimento da força e da importância da cultura popular mato-grossense no cenário internacional. “O Flor Ribeirinha carrega nas suas danças a história e a alma do nosso povo, e levar isso para Nova York é reafirmar que o Brasil profundo, diverso e ancestral também é protagonista na arte mundial.”, assinalou o diretor do grupo.
A fundadora e Mestra de Cultura Popular, Domingas Leonor da Silva, inspiração e símbolo da resistência cultural de São Gonçalo Beira Rio, celebra a oportunidade para o grupo de participar em um evento internacional tão grandioso.
“Ver o nosso siriri chegar até Nova York é a prova de que a fé, a tradição e o amor pela cultura popular transformam o mundo. Cada passo que damos é uma benção e uma homenagem aos nossos antepassados, disse ela, relembrando o tempo em que dançavam no quintal de casa, às margens do rio Cuiabá.
Com 32 anos de existência, o grupo é um dos maiores representantes da cultura popular brasileira, reconhecido por sua excelência artística e compromisso com a preservação do patrimônio imaterial de Mato Grosso. O Flor Ribeirinha já conquistou importantes títulos mundiais.
Em 2017 no Festival Internacional de Folclore na Turquia; o segundo título em 2021 em um Festival on-line realizado na Polônia; o terceiro em 2022 no Festival Internacional na Bulgária e o quarto em 2023 no Festival realizado na Coréia do Sul, além destes títulos, conquistou também honrarias nacionais, como o prêmio Culturas Populares e o prêmio Iphan de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial.
Fonte: Olhar Direto
