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Política

Filha de anistiado agradece Moraes por atuação na Justiça: ‘Gratidão pela ajuda’

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Na última segunda-feira, 3, viralizou nas redes sociais um em que a filha do anistiado Arthur Pereira da Silva, Rosa Cimiana dos Santos, agradece ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por sua atuação à frente do Ministério da Justiça. Ele ocupou o cargo de maio de 2016 a março de 2017, quando assumiu uma das cadeiras na Suprema Corte.

“Ministro Alexandre, obrigada por quando o senhor foi ministro da Justiça”, afirmou Rosa. “Anistia política.”

O pai de Rosa era um líder sindical do setor ferroviário e integrante do Partido Comunista no Rio Grande do Sul. Preso político dos tempos de regime militar no Brasil, foi anistiado post mortem, em 2003, pelo então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

Ocorre que o motivo do agradecimento da mulher, que também é militante da Comissão de Anistia, não tem relação com a anistia do pai. Na verdade, em entrevista exclusiva a , ela explicou que, enquanto ministro da Justiça, Moraes ajudou a sua comissão.

“Não que ele tenha anistiado meu pai, mas ele foi ministro da Justiça e a Comissão de Anistia ficava no Ministério da Justiça”, explicou Rosa. “Então, Moraes ajudou a Comissão de Anistia e participou de uma caravana de anistia pedindo perdão por tudo que o Estado tinha feito conosco.”

Multidão continua presa'preventivamente' | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Manifestantes Do Dia 8 De Janeiro De 2023, Em Brasília | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Apesar de líder na Comissão de Anistia e de ser filha de um anistiado, Rosa contou a que não concorda com a proposta de anistia aos presos pelos atos do 8 de janeiro de 2023.

Nessa data, manifestantes invadiram prédios públicos em Brasília — e alguns vandalizaram objetos. No STF, boa parte responde por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de golpe de Estado.

“Sou contra a anistia aos presos do 8 de janeiro”, opinou Rosa. “Fomos perseguidos, torturados, muitos dos nossos estão desaparecidos. Agora, esses que invadiram os Três Poderes… O que significa aquilo ali? Não era uma luta para um país democrático, não.”

Rosa explicou que tanto ela quanto seu pai tinham filiação no Partido Comunista do Brasil (PCdoB). “Eu era do Partidão, como o meu pai era do Partidão”, afirmou. “Sempre fomos contra a luta armada. Existe a diferença entre o PC do B e o PCB.”

Fonte: revistaoeste

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