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FGV na COP 30: Lançamento do GEO Brasil 2025 marca presença no evento

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Nesta terça-feira, dia 18 de novembro, às 15h, durante a COP30, será lançado no Pavilhão da ONU (Blue Zone) o relatório GEO Brasil 2025: Estado e Perspectivas do Meio Ambiente. A iniciativa é coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com a Fundação Getulio Vargas (FGV) à frente da coordenação executiva, apoio técnico e financeiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e colaboração do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). O documento apresenta análises inéditas e aponta desafios urgentes para enfrentar a crise ambiental e climática no Brasil.

Entre os destaques, o relatório revela que os gastos com meio ambiente representaram apenas 0,26% do orçamento federal entre 2001 e 2022; cerca de 30% dos municípios não possuem infraestrutura básica para gestão ambiental; e biomas como Pantanal e Cerrado registraram aumento histórico de temperatura, chegando a 3 °C e 4 °C. A poluição do ar causa cerca de 51 mil mortes prematuras por ano, enquanto apenas 52,2% do esgoto é tratado — índice que cai para menos de 20% na região Norte.

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O documento também aponta a expansão agropecuária sobre ecossistemas nativos, que elevou a área ocupada de 187,3 para 282,5 milhões de hectares entre 1985 e 2022, acompanhada pelo aumento de 108% na comercialização de agrotóxicos. Apesar da liderança brasileira em energia renovável, o setor tornou-se mais carbono dependente, passando de 11,3% para 18,3% das emissões nacionais entre 2002 e 2023.

Baseado na metodologia DPSIR (Forças Motrizes, Pressões, Estado, Impacto e Respostas) do PNUMA, usado nos relatórios GEO globais e adaptadas ao contexto brasileiro, o GEO Brasil 2025 traz a contribuição de alguns dos maiores especialistas do país nas questões ambientais. Ele oferece um diagnóstico robusto das inter-relações entre sistemas sociais, econômicos e ambientais, apontando desafios históricos e emergentes, bem como oportunidades para uma transição verde justa e resiliente. A publicação é um insumo estratégico para fortalecer a governança, orientar políticas públicas e subsidiar negociações internacionais.

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Para o pesquisador da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP), José Antônio Puppim, o GEO Brasil 2025 é mais do que um diagnóstico ambiental; é um chamado à ação:

“O documento mostra, com base científica, onde estamos e quais caminhos precisamos seguir para integrar desenvolvimento econômico e proteção ambiental. Essa visão é essencial para que o Brasil cumpra suas metas climáticas e aproveite seu enorme potencial de liderar a transição para uma economia mais sustentável”, destacou o pesquisador, que também coordena o centro de estudos FGV Earth da FGV EAESP.

Fonte: cenariomt

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