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Feminicídios em Mato Grosso deixam 80 crianças órfãs: impacto e desafios

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O feminicídio não tira apenas a vida de uma mulher. Ele destrói famílias e deixa marcas profundas em quem fica. Em 2024, os crimes desse tipo registrados em Mato Grosso deixaram 83 crianças sem mães.

Segundo dados da Sceretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), das 47 mulheres assassinadas no estado no ano passado, 41 eram mães. Entre as crianças que perderam suas genitoras para o feminicídio, 17 são filhos biológicos dos próprios autores do crime.
O número de feminicídios cresceu em Mato Grosso. Foram 47 registros em 2024, um a mais que em 2023, quando 46 mulheres perderam a vida dessa forma. Também houve aumento nos casos de tentativa: 66 mulheres sobreviveram a ataques, sete a mais que no ano anterior, o que representa uma alta de 12%.
Uma dessas vítimas foi Raquel Maziero Cattani Xavier, de 26 anos, filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL). Ela foi morta na zona rural de Nova Mutum (243 km de Cuiabá), em julho do ano passado. O marido dela, Romero Xavier, e o irmão dele foram presos e indiciados pelo crime. Raquel deixou dois filhos pequenos.
Em 2025, quatro feminicídios já foram registrados nos dois primeiros meses do ano em Mato Grosso. O último aconteceu no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, no último sábado (15). Vitória Camilly Carvalho Silva, de 22 anos, foi morta a tiros pelo ex-namorado, Helder Lopes de Araújo, 23, que foi preso. O fato ocorreu durante a festa de aniversário da irmã da vítima. Assim como os demais casos, a jovem deixou dois filhos.

Em meio ao luto e à dor, muitas dessas crianças órfãs dependem de ajuda para seguir em frente. Em Cuiabá, um benefício mensal da prefeitura auxilia os filhos de vítimas de feminicídio com despesas básicas, como alimentação e material escolar.
Além disso, Mato Grosso conta com o aplicativo SOS Mulher MT, criado para ajudar mulheres vítimas de violência. A ferramenta oferece um Botão do Pânico virtual, que pode ser acionado caso o agressor descumpra a medida protetiva. O recurso está disponível em Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres e Rondonópolis.
Em 2024, a procura pelo aplicativo cresceu 31%, com 3.376 downloads. Já os pedidos de medidas protetivas com o Botão do Pânico aumentaram 9%, totalizando 2.731 solicitações.

 

Fonte: Olhar Direto

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