CENÁRIO AGRO

Fazenda São Francisco busca liderança no ranking nacional de produtividade agrícola

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A trajetória da Fazenda São Francisco, do grupo Dors Agro, começou em 1982, quando Francisco Dors e os irmãos adquiriram uma área de 10 mil hectares em Campos de Júlio, no oeste de Mato Grosso. Hoje, a propriedade cultiva soja e milho safrinha na mesma extensão de 2.371 hectares e busca figurar entre os primeiros colocados no Desafio Nacional de Produtividade.

Cada irmão ficou com uma parte da área e, aos poucos, cada um foi transformando seu respectivo espaço em área produtiva. “Fomos abrindo aos poucos as áreas, foi 500 hectares, depois foi abrindo mais um pouco e conforme você ia tendo condições, você abria mais”, relembra o sócio-gerente Diógenes Dors, filho de “seo” Francisco, ao Especial Mais Milho, que integra o projeto Mais Milho.

A família é natural de Realeza, sudoeste do Paraná. Em 1994, a irmã e o cunhado de Diógenes chegaram a Campos de Júlio – na época ainda distrito de Comodoro – dando início ao plantio de soja na propriedade. Em 1995 foi a vez de seu irmão chegar para ajudar. No final dos anos 1990 e início dos 2000, a Fazenda São Francisco já estava com a área agrícola aberta e iniciando no cultivo do milho safrinha.

Em 2016, o grupo adquiriu área em Roraima – época em que “seo” Francisco chamou Diógenes para trabalhar com eles – e, mais recentemente, em Porto Velho (RO). Hoje, são duas áreas em Campos de Júlio, duas em Roraima e uma na capital rondoniense.

Especial Mais Milho Fazenda São Francisco Campos de Júlio Foto Israel Baumann
Foto: Israel Baumann/Dia De Ajudar Mato Grosso

Produção em ritmo acelerado

Na colheita da safra 2023/24 de milho a propriedade registrou média geral de 168 sacas por hectare, com picos acima de 200 sacas em determinadas áreas, conforme o produtor.

“Nos últimos anos está melhorando cada dia mais [produtividade]. Investimento um pouco melhor em adubação, algumas novas tecnologias, o maquinário que também está vindo com uma tecnologia mais avançada… é um conjunto que faz a média aumentar”, explica Diógenes sobre o trabalho desenvolvido para alcançar tais resultados.

O bom desempenho, inclusive, motiva a participação da propriedade no concurso Getap, que é o Desafio Nacional de Produtividade. 2025 é o terceiro ano em que participam. “Esse ano a gente já melhorou um pouquinho para ficar mais perto do primeiro lugar”, afirma. A expectativa é figurar entre os dois ou três primeiros colocados.

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Foto: Israel Baumann/Dia De Ajudar Mato Grosso

Tecnologia como aliada

Para alcançar altas produtividades, a fazenda investe em maquinário moderno, que otimiza o plantio e reduz desperdícios. “Tem dois anos que compramos um equipamento para plantar onde ele tem o anti-esmagamento… você tem uma economia na questão da semente, do adubo”, destaca Diógenes ao programa do Dia de Ajudar Mato Grosso.

O acompanhamento técnico é feito pelo agrônomo Sandro Grespan e por consultores especializados na cultura do milho. “Sempre te dão um caminho para você melhor atingir o teu objetivo, que é sempre produzir mais”, reforça.

Condições ideais em campo

De acordo com Rodrigo Porfírio Pinheiro, representante comercial da Agroceres/Bayer, o manejo diferenciado e as chuvas regulares deste ano aumentaram a expectativa de bons resultados.

“A gente está com uma expectativa de obter excelentes resultados de novo aqui esse ano”, avalia tanto para a propriedade da família Dors quanto para a região. Ele compara a região de Campos de Júlio ao Corn Belt Americano e afirma que, de forma carinhosa, ela tem sido chamada de “Corn Belt Brasileiro” pela performance na segunda safra. “Alcançar médias acima das 200 sacas por hectare após a soja é algo grandioso para nossa região”.

A altitude, entre 600 e 700 metros, e o alto nível tecnológico dos produtores são fatores que ajudam a região a manter médias elevadas na produtividade de milho. “Os agricultores começaram a investir em maquinário, novas tecnologias, híbridos mais modernos”, conta Rodrigo.

Milho em alta

Para Diógenes, a segunda safra é indispensável. “Acho que tem que ter o milho safrinha ou quem planta algodão, mas tem que ter a segunda safra sim. Compensa, é bem vantajoso”.

Ele aponta a demanda interna como um dos fatores que têm valorizado a cultura. “Muito milho fica para cá, não vai para fora. Então, hoje nós temos a opção de vender o próprio milho um pouco com um valor melhor aqui pro próprio Brasil”.

Parte da produção vai para tradings e outra parte é comercializada dentro do estado. “O consumo faz uns dois anos que está nos surpreendendo cada vez positivamente. Para os próximos dois anos acredito que seja cada vez melhor e o preço seja mais atrativo”.

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Fonte: canalrural

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