Tirando a casa própria, ter um automóvel sempre foi o maior sonho das pessoas. O problema é quando este sonho se transforma em um pesadelo por conta dos defeitos crônicos apresentados por alguns veículos.
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Mas basta ter calma que tudo pode ser solucionado. Diante de inúmeras reclamações, algumas fabricantes são ‘obrigadas’ a reconhecerem as falhas e buscar as melhores soluções.
O mais recente episódio ocorreu com a linha Fiat Pulse e Fastback Hybrid, cujo sistema híbrido chega a ficar inoperante após uma nova partida.
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Além deste caso, relembre alguns outros que geraram polêmica e são lembrados até hoje no Brasil.
1 – Sistema híbrido de Fiat Pulse/Fastback Hybrid
Imagem: Divulgação
Lançados recentemente, a dupla Pulse e Fastback com sistema híbrido leve ficou marcada por ter sido pioneira entre os carros nacionais com essa tecnologia, também conhecida como micro-híbrida (Mild Hybrid Electric Vehicle).
No entanto, os carros mal chegaram e já estão sendo alvo de reclamações entre os proprietários. Desenvolvido com a função de economizar combustível, o equipamento é formado por um pequeno gerador elétrico de 12V ligado ao virabrequim do motor a combustão. Isso permite dar um “impulso” ao arrancar e nas retomadas para reduzir consumo e as emissões no motor 1.0 turboflex. de três cilindros.
Mas muitos donos se queixaram que após uma nova partida, o recurso deixou de funcionar. Inclusive, chegamos a constatar a irregularidade em um Fiat Fastback Hybrid que testamos (veja vídeo acima). Em nota, a Stellantis vai atualizar o sistema, mas diz que não se trata de um defeito.
2 – Banco do Volkswagen Fox
Imagem: Divulgação
O Volkswagen Fox surgiu como um projeto inovador e com melhor aproveitamento de espaço interno da categoria. Para isso, uma das saídas na época foi o sistema de rebatimento do banco traseiro que propiciava aumentar o nicho para quem viajava no banco traseiro.
O acesso era feito pelo porta-malas por meio de uma complicada alça presa em uma argola no porta-malas que, quando puxada, libera a trava do banco, permitindo o rebatimento do banco corrediço. Não demorou muito para surgirem os primeiros relatos de ferimentos, alguns até graves, com mais de uma vítima.
A solução não poderia ser outra e assim, a Volkswagen anunciou um recall em 2008 para a instalação de um simples anel de borracha fixado sobre a argola. Dessa maneira, os usuários não colocariam o dedo na argola e, assim, evitariam o efeito “guilhotina”.
3 – Câmbio automático AL4 (PSA)
Imagem: Divulgação
O câmbio automático sequencial de quatro marchas (AL4) do Grupo PSA (Peugeot e Citroën) funciona por meio de um gerenciamento eletrônico e chegou ao Brasil em 2001, estreando na minivan Xsara Picasso. Fora a minivan, a caixa também equipou a linha Peugeot 206/207, Renault Duster, Citroën C3, entre outros.
O fato é que, além de aspectos desagradáveis como trancos nas trocas de marcha, luzes de anomalia e patinagem, este tipo de transmissão traz mais outro ponto negativo: o alto preço do reparo.
Apesar das inúmeras reclamações em sites como o Reclame Aqui, por exemplo, o grupo nunca chegou a anunciar um recall para este tipo de câmbio, o que deixou muitos clientes revoltados.
Para contornar a situação, a PSA trocou a problemática caixa de quatro posições por outra de seis (AT6), fabricada pela japonesa Aisin.
4 – Câmbio automatizado Powershift (Ford)
Imagem: Divulgação
O câmbio automatizado de dupla embreagem da Ford – batizado de Powershift – chegou a equipar alguns modelos na linha Fiesta, EcoSport, entre outros. A proposta da novidade era de trazer praticidade e conforto aliado ao menor consumo de combustível, porém o destino foi outro.
Casos como trepidações, ruídos, vazamento, perda de rendimento e travamento das mudanças eram os problemas mais recorrentes citados em reportagens e nos principais sites de reclamações.
Na época, após ser alvo de uma série de reportagens e de ações do Procon, a Ford acabou admitindo que havia imperfeições e afirmou que iria realizar reparos gratuitos nos veículos afetados, ainda que não tivesse comunicado um recall oficial.
Após isso, a empresa desistiu deste sistema de dupla embreagem, adotando uma unidade automática convencional, com conversor de torque.
5 – Módulo de direção assistida (EPS) da GM
Imagem: Divulgação
Que o Chevrolet Onix hatch, Onix Plus e SUV Tracker são carros bem-sucedidos, isso ninguém pode negar. Mas há vários donos que têm enfrentado um drama que envolve a direção elétrica.
A queixa é uma só, o endurecimento repentino, motivo, inclusive, de um recall “branco” (aquele que não é anunciado oficialmente e que não oferece riscos à vida do consumidor), conforme matéria veiculada em 2020 pela revista Quatro Rodas.
A própria GM do Brasil reconheceu o erro e, através de um boletim intitulado “Ação de Campo” foi enviado aos concessionários orientando como deveria ser feita a atualização da programação e configuração do módulo da direção elétrica (EPS).
Fonte: autoo
