Em resposta, Fábio ironizou o conceito de “direita legítima” e questionou se quem já teve apoio do PT pode realmente se apresentar como representante do conservadorismo.
“Você acha que alguém de direita legítima apoiaria o governo Lula? O governo Dilma, por um tempo? Você acha?”, questionou Fábio, sem citar diretamente o nome de Wellington, mas em clara alusão ao histórico político do senador, que foi candidato em eleições passadas apoio do PT e outros partidos de esquerda.
A fala do secretário ocorre em meio à disputa por protagonismo dentro do campo da centro-direita em Mato Grosso. Wellington é um dos nomes colocados como pré-candidato ao governo em 2026, junto com o senador Jayme Campos (União) e o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), que conta com o apoio do governador Mauro Mendes (União).
“O que é a direita legítima? Quando você fala que um não é e o outro é, a gente precisa responder: o que significa isso? Se ter apoiado o PT pode ser direita legítima, como estão dizendo para mim aqui, então precisamos saber o que é ser de direita de verdade”, provocou.
Fábio também minimizou a tentativa de rotular adversários dentro do mesmo espectro político. “Eu não vou julgar quem é ou quem não é de direita legítima nesse país”, afirmou.
A declaração vem na esteira da afirmação de Wellington, que defendeu um alinhamento conservador baseado em princípios e criticou adversários que, segundo ele, simulam um discurso de direita apenas para vencer eleições.
“Nós não vamos aceitar gente que só quer fazer uma farsa para ganhar a eleição e depois enganar não só o partido, mas também o povo”, disse o senador, em uma clara crítica ao grupo de Mauro Mendes, que articula o nome de Pivetta para a sucessão.
Embora tenha se apresentado como representante histórico da direita, Wellington enfrenta resistência entre bolsonaristas, sendo chamado por parte do grupo de “melancia”, verde por fora, vermelho por dentro, justamente pelo seu passado de alianças com a esquerda.
Fonte: Olhar Direto