Neste ano, a programação prevê shows gospel, pagode e axê, além dos artistas regionais. “Vontade não falta. Sempre destacamos que queremos prestigiar todos os estilos e públicos, mas, para isso, é preciso que a conta feche”, disse Elga.
Segundo ela, os chamados “shows populares”, como o sertanejo e o axé, garantem um retorno mais seguro, já que têm grande apelo de público. “Existem estilos que têm um público mais reduzido, e isso impacta diretamente na viabilidade do evento”, completou.
Em 2017, por exemplo, o VillaMix Festival, criado com foco em artistas sertanejos, surpreendeu ao incluir a cantora pop norte-americana Demi Lovato como atração internacional. O evento, realizado no estacionamento do Estádio Serra Dourada, em Goiânia, também contou com nomes como Liam Payne e Alok, num esforço claro de se reinventar e expandir seu alcance.
Questionada sobre a possibilidade de seguir uma linha semelhante, Elga explicou que trazer artistas internacionais ou de outros gêneros exige não apenas investimento maior, mas também alinhamento com a agenda global dos artistas e com o perfil do público local. “Você precisa se inserir nas oportunidades certas. Não é simples, mas seguimos atentos”, afirmou.
Com shows confirmados de grandes nomes sertanejos como Zé Neto e Cristiano, Maiara e Maraísa e Ana Castela, a Expoagro 2025 continua ancorada no sertanejo, ritmo que tradicionalmente domina as feiras agropecuárias pelo país. No entanto, a organização não descarta mudanças futuras. “Se tudo conspirar a favor, com certeza vamos crescer nesse sentido também”, disse Elga.
A 56ª edição do evento acontece entre os dias 11 e 20 de julho, no Parque de Exposições Jonas Pinheiro, e deve reunir milhares de pessoas em Cuiabá, com programação que inclui shows, rodeios, exposições de animais, leilões, negócios e gastronomia.
Fonte: Olhar Direto