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Explorando as Ruínas Milenares da Ilha de Kekova: Um Tesouro Subaquático e Terrestre

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Uma ilha do Mediterrâneo onde o atrativo maior não são as praias cristalinas que marcam essa região do mundo – ainda que elas estejam lá –, mas obras humanas que repousam no fundo das águas. Essa é a descrição que cabe à Ilha de Kekova, um destino na costa sul da Turquia que entrou no radar de quem curte mergulhar – com um atrativo adicional para quem curte história.

Berço de antigas cidades que foram tragadas por terremotos e pelo aumento dos níveis do mar, Kekova é rodeada por ruínas subaquáticas e restos de naufrágios de embarcações que passavam pela região. Estima-se que na área haja resquícios de mais de 400 navios afundados, alguns com cerca de 3,6 mil anos.

Fora das águas, também é possível incluir visitas pelas ruínas de antigas civilizações que existiram nessa área: ela fica bem próxima da Likya Yolu (também conhecida pelo nome em inglês Lycian Way), uma trilha de mais de 500 km que percorre sítios arqueológicos da antiga Lícia, uma civilização ancestral que ocupou a região entre os séculos 15 a.C. e 6 a.C.

Ilha de Kekova, Turquia
Ilha também tem ruínas acima da linha d’água (Seynaeve/Wikimedia Commons)

História da ilha

Com apenas 4,5 quilômetros quadrados, Kekova é hoje uma ilha desabitada. Mas nem sempre foi assim: na Antiguidade, o que hoje é a parte submersa ao norte era ocupada pela cidade de Dolichiste, mencionada em textos de sábios que viveram nos primeiros séculos depois de Cristo, como Cláudio Ptolomeu e Plínio, o Velho.

Dolichiste foi destruída por um terremoto no século 2, que rendeu as primeiras ruínas hoje submersas. Nos séculos seguintes, a área voltou a ser habitada no período bizantino, mas sua posição pouco privilegiada para se defender de invasões estrangeiras acabou afastando definitivamente os moradores.

No século 20, a ilha – que já não era ocupada por ninguém, sendo cobiçada apenas por conta das árvores usadas na indústria madeireira – passou por um breve período de disputa entre Itália e Turquia, antes de ser entregue aos turcos por um tratado em 1932.

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A apenas 25 km de Kekova, Demre costuma ser ponto de partida para visitar a ilha e tem atrativos próprios, como as tumbas esculpidas na montanha (Aleksandr Poprygin/Wikimedia Commons)

Com o tempo, o interesse histórico despertado pela região fez com que o governo local declarasse Kekova um local protegido, buscando preservar as ruínas acima e abaixo das águas. O centro populacional mais próximo nos arredores é a cidade de Demre, com cerca de 30 mil habitantes. A cidade é famosa pelos mausoléus esculpidos na encosta de montanhas quando o local era conhecido como Myra, no período da antiga Lícia.

Como chegar lá

A melhor pedida para conhecer Kekova é reservar alguns dias para essa região ao sul da Turquia, já que o local exige um desvio em relação aos roteiros tradicionais por Istambul – são cerca de 900 km separando a área da maior cidade turca.

Demre pode ser usada como base, a cerca de 25 km da ilha, ou optar pela capital da província, a cidade de Antália – que, apesar de contar com mais comodidades por ter 1,5 milhão de habitantes, exige uma viagem maior por estar a cerca de 170 km de Kekova.

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Nível das marés define quanto da cidade afundada pode ser visto no dia da visita (JamesDavidShoots/CC-BY-SA-4.0/Wikimedia Commons)

Como a ilha só é acessível de barco – e a maior parte dos atrativos está sob as águas – o indicado é contar com um tour especializado para fazer o trecho final, partindo de Demre ou de outras cidades dos arredores. O site Kekova Travel disponibiliza uma série de empresas que vendem diferentes modalidades de passeio.

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Fonte: viagemeturismo

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