Conforme apuração do Olhar Direto, Luís Claudio também está impedido de acessar os sistemas internos do Tribunal. A eventual participação dele no esquema, no entanto, ainda não foi detalhada pelas autoridades.
As investigações, conduzidas pela Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá, identificaram um esquema sofisticado de fraudes em processos judiciais, envolvendo empresários, advogados e servidores do TJMT.
Os investigados devem responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso, peculato, patrocínio infiel e lavagem de capitais.
Segundo a polícia, o grupo ajuizava ações de cobrança e, sem o conhecimento das partes rés, simulava a quitação das dívidas por meio de depósitos judiciais. Para dar aparência de legalidade, eram anexados aos autos comprovantes de pagamentos falsificados.
Na sequência, um servidor do TJMT — também alvo da operação — transferia os valores da conta única do tribunal para contas vinculadas aos processos, possibilitando o resgate por meio de alvarás.
Levantamentos preliminares apontam que a quadrilha protocolou pelo menos 17 processos entre 2018 e 2022. A partir de 2023, o TJMT alterou a metodologia de transferência de valores, o que teria dificultado a continuidade do esquema. Até o momento, não foram identificadas fraudes recentes com o mesmo modus operandi.
Fonte: Olhar Direto