O ex-funcionário do dos Estados Unidos Mike Benz voltou a acusar a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sigla em inglês) de ampliar recursos destinados ao Brasil depois da vitória do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018.
“Aqui está uma estatística chocante que você talvez não conheça”, publicou Benz em sua conta no X. “A Usaid mais que dobrou seus gastos com o Brasil assim que Bolsonaro venceu as eleições de 2018. Isso não ocorreu porque o Brasil precisasse repentinamente do dobro da ajuda. O dinheiro foi gasto em projetos no Brasil para minar Bolsonaro.”
Benz prestou depoimento à Comissão de Relações Exteriores da Câmara no início de agosto. Na ocasião, ele falou por quase cinco horas e afirmou que os fundos da agência, que somaram US$ 87 milhões entre 2019 e 2023, tiveram como objetivo prejudicar o então presidente.
Ainda segundo Benz, a Usaid deixou de atuar apenas como agência humanitária para se tornar um instrumento de manipulação política. Ele afirmou que a gestão de Joe Biden nos EUA usou os recursos da agência para atacar Bolsonaro e censurar políticos de direita.
“A Usaid construiu o estado de censura no Brasil”, disse Benz. “Todos os caminhos ao redor da censura da internet nos Estados Unidos parecem ter passado pelo Brasil.”
Ele lembra que a Usaid ofereceu cursos ao Tribunal Superior Eleitoral sobre censura digital e financiou agências de checagem, como Projeto Comprova, Lupa, Aos Fatos e Fato ou Fake, que classificou como “marionetes do governo norte-americano”.
A Usaid era a principal agência dos EUA responsável pela ajuda externa e assistência humanitária a outros países. Em julho deste ano, o presidente norte-americano, , fechou oficialmente o órgão, depois de várias decisões de cortes de receita, demissões e investigações internas. O Departamento de Estado absorveu o que restou da agência humanitária.
Fonte: revistaoeste