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Ex-PM liderava quadrilha de agiotas que cobrava juros abusivos

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Desmantelada em uma megaoperação deflagrada na manhã desta quarta-feira (26) pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), a quadrilha especializada no crime de agiotagem que atuava em Cuiabá, Várzea Grande e Goias chegava a cobrar 50% de juros em seus empréstimos. Chefiada por um ex-policial militar e formada por outros militares da ativa, a quadrilha movimentou milhões durante vários anos.  A investigação, que ocorre desde 2021, identificou que além da agiotagem, os militares também praticavam tortura.

Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira no auditório da Procuradoria Geral de Justiça, o delegado Hércules Batista, do Gaeco, explicou que enquanto os juros chegavam a 50% para pessoas físicas fora da corporação,  aos colegas de farda esse valor chegava a apenas 15%.
“A investigação já demonstra que alguns empréstimos chegavam ao absurdo de 50% de juros ao mês. Ficou demonstrado também que, para os colegas de farda eles cobravam juros módicos de 15%. Então você percebe aí que era uma busca ao lucro a todo custo e o emprego de todos os meios para a concepção dos objetivos da organização que era uma elevação patrimonial absurda, exponencial que chegou a patamares e movimentações milionárias”, explicou o delegado.
Ainda segundo Hércules, a investigação que perdura há quatro anos identificou vários boletins de ocorrência registrados contra membros do grupo criminoso. Foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão domiciliar e 22 mandados de sequestros de bens.
Além de caros e imóveis, foram apreendidos também armas de fogo usadas nas ameças aos credores do grupo. As investigações acerca do caso continuam.

 

Fonte: Olhar Direto

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