Christinny dos Santos
Única News
Christian Albino Cebalho de Arruda, ex-companheiro de Nataly Helen Martins Pereira, ré por matar a adolescente de 16 anos, Emilly Azevedo Sena, que estava grávida de 9 meses e roubar o bebê do ventre dela, disse que nunca desconfiou que a namorada fosse capaz de tamanha crueldade. O chef de cozinha afirmou que, no tempo em que conviveu com a criminosa, nunca notou seu lado cruel ou viu nela alguém que seria capaz de matar outra pessoa.
“Eu convivia com ela [Nataly] e eu nunca vi esse lado dela. A gente pode conviver 10, 30 anos com uma pessoa, mas a gente realmente não conhece a pessoa, o que ela é realmente capaz de fazer, o que passa na cabeça dela de verdade. Mas ela não me aparentava ser esse tipo de pessoa, essa monstra de verdade. Uma pessoa tirar a vida para poder tirar um feto de dentro de uma pessoa, eu não acho isso certo”, disse Christian, em entrevista exclusiva concedida à TV Centro América.
O ex-companheiro de Nataly diz que a convivência com a namorada nunca revelou o “lado ruim” dela, isso porque Nataly se passava por uma pessoa boa com todos ao seu redor. Apesar disso, ele ainda considera o que ela fez uma monstruosidade.
“De verdade, eu convivi com ela [Nataly] e ela não aparentava ser uma pessoa… uma assassina, uma monstra. Eu convivia com ela e ela era uma pessoa boa para todo mundo, uma pessoa brincalhona, como um ser humano normal. Eu não entendo porque ela fez isso. Eu também me pergunto todo santo dia porque a Nataly fez isso e eu não sei dizer”, afirmou o ex-companheiro da criminosa.
O chef disse também que nunca desconfiou que Nataly não estivesse grávida, isso porque ele viu a barriga da ex-companheira crescer, via ela vomitando, entre outros sinais que se assemelhavam a de qualquer mulher gestante. Inclusive, a criminosa chegou a enviar para ele fotos de ultrassonografias que afirmou terem sido realizadas por ela e ele acreditou.
“Naquele exame que mostra a cara da neném, ela colocou narizinho, boca e falou que me parecia e eu falei: ‘realmente, parece mesmo’. E aquilo lá era foto que ela conseguiu no telefone e eu peguei e postei, não foi foto que eu tirei. Eu não sabia que a foto era fake, eu sabia que aquela ultrassom ela tinha feito mesmo, porque ela apareceu até mesmo com o papel da ultrassom. Eu só acreditei no que ela falava porque ela chegou lá com um papel com uma imagem e era a mesma imagem da foto”, contou Christian.
Christian e outras duas pessoas chegaram a ser presos suspeitos de envolvimento no caso, mas os três foram soltos no mesmo dia por falta de provas. Um inquérito policial foi aberto para apurar a participação do trio no assassinato, mas eles são investigados em liberdade.
O caso
Grávida de 9 meses, Emilly saiu de casa no dia 12 de março e disse para o pai que buscaria roupas de bebê que havia ganho em Cuiabá, pois contava com as doações para montar o enxoval. Nataly a atraiu para uma emboscada, onde a atacou, realizou o parto do bebê de maneira forçada e a deixou morrer sangrando. Vinte e quatro horas depois, o corpo da adolescente foi encontrado em uma cova rasa no quintal aos fundos da casa de parentes da assassina, que posteriormente confessou o crime.
Emilly morreu por hemorragia, após ser asfixiada com um fio de internet — que a deixou apenas inconsciente — e ter a barriga cortada com uma faca de cozinha. “E como ela estava viva, tirou o nenê enquanto ela estava viva. Ela foi agonizando e morreu”, destacou a Diretora Metropolitana de Medicina Legal, Dr. Alessandra Carvalho. A jovem morreu “exsanguinada”, ou seja, perdeu todo o sangue de seu corpo. A hemorragia foi causada por dois cortes grandes feitos na barriga dela para retirar a bebê, em forma de “T”.
Com Emilly ainda desaparecida, Nataly, acompanhada do marido, Christian Albino Cebalho de Arruda, foi presa no Hospital e Maternidade Santa Helena, tentando registrar uma bebê recém-nascida, que mais tarde descobriu-se ser filha da vítima, alegando ter parido em casa. No entanto, a equipe médica foi bastante perspicaz e percebeu que a mulher não tinha sinais parto recente. A suspeita foi confirmada através de exames.
Na confissão, Nataly isentou o marido e os outros dois de participação no crime e foi a única a se tornar ré no processo. Ela responderá por oito crimes: feminicídio, tentativa de aborto, subtração de recém-nascido, parto suposto, ocultação de cadáver, fraude processual, falsificação de documento particular e uso de documento falso.
Felizmente a bebê, chamada Liara, está saudável e será criada em guarda compartilhada pela mãe e marido e Emilly.
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Fonte: unicanews