Ex-governador Taques avalia entrada em Mato Grosso em meio à crise nacional e descarta candidatura em 2026

– O ex-governador de Mato Grosso, Pedro Taques, descartou em entrevista no Jornal da Cultura, que tenha qualquer pretensão de disputar as eleições de 2026 e aproveitou ainda o espaço para criticar o governador Mauro Mendes (União), com quem tem protagonizado um novo embate nos últimos dias.

“Não sou candidato. Eu estava filiado ao Solidariedade, já pedi para me desfiliar, não sou candidato, sou um cidadão, sou ex-governador, sou ex-senador da República. Fui procurador da República por 15 anos, convivemos numa ditadura, num momento autoritário em que o cidadão não pode falar. Notadamente eu, que não cheguei ontem aqui no Estado de Mato Grosso”, disse Taques.

“Eu tenho história nesse Estado, portanto, eu tenho direito de falar. Diferentemente do que diz o atual governador, que é um ignorante na arte de tratar da segurança pública. Ele acha que só ele pode falar, acha que entende de tudo, de bomba atômica a tratar de fazer cabeça de canivete”, disparou Pedro Taques.

Sobre a fala do governador Mauro Mendes, de que Taques teve a oportunidade de fazer por Mato Grosso, enquanto governador, e que não fez, Taques foi direto: “ele mostra o seu espírito autoritário né…nem um governador faz tudo. Eu tenho certeza que o Estado de Mato Grosso não surgiu no dia em que Mauro Mendes assumiu o Estado. Eu não fiz tudo. Tenho certeza que tive um governo com dificuldades, quero reconhecer isso mais uma vez, sem dinheiro”, destacou.

“Não tinha dinheiro pra nada. Eu substituí Silval Barbosa, que aliás foi sócio do Mauro Mendes, que roubou R$ 1 bilhão de reais do Estado, tá lá na delação dele. Eu substituí o governo Silval Barbosa que era sócio do José Geraldo Riva, que confessou que roubou R$ 500 milhões do Estado”, afirmou.

Para completar, Pedro Taques disse que assumiu o Estado no pior momento da história do Brasil. “Assumi o Governo do Estado no pior momento da história do Brasil, não tinha dinheiro pra nada, eu tinha que escolher pra quem pagar. Foi um governo muito difícil”, desabafou.