Assassinado a tiros no início da noite desta segunda-feira (15) na Praia Grande, no litoral paulista, o ex-delegado geral da Polícia Civil de São Paulo Ruy Ferraz Fontes era conhecido como um dos maiores especialistas sobre as ramificações da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Com mais de 40 como delegado de polícia, Ferraz Fontes era secretário de Administração da Praia Grande desde janeiro de 2023. Ele foi assassinado logo após terminar o expediente na prefeitura, em uma perseguição de carro. Apesar de usar todos os dias um carro blindado, na data do atentado ele estava em um veículo diferente e foi morto por tiros de fuzil, após colidir com um ônibus.
Ferraz Fontes ingressou na Polícia Civil no início da década de 1980 e passou por diversas unidades da capital antes de se aposentar da instituição. Ao longo da trajetória, chefiou delegacias especializadas, como a Delegacia de Polícia de Investigações Sobre Furtos e Roubos a Bancos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), onde se destacou no combate aos crimes contra instituições financeiras.
Em 2019, durante o governo de João Doria (PSDB), Fontes assumiu o posto máximo da Polícia Civil, cargo equivalente ao de comandante da Polícia Militar, permanecendo até 2022. Ele também foi diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital, além de ter atuado em unidades como a Divisão de Investigações Sobre Entorpecentes do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) e a Divisão de Homicídios do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
O ex-delegado geral da Polícia Civil de São Paulo ficou conhecido em 2006, durante os ataques do PCC contra as forças de segurança. Na ocasião, Fontes conseguiu unir diferentes equipes operacionais para combater as ações do crime organizado, como a Polícia Civil, a Polícia Militar e a Polícia Científica.
Fonte: gazetadopovo
