As autoridades dos Estados Unidos prenderam Mohammad Sharifullah, conhecido pelo codinome Jafar, acusado de fornecer material ao grupo terrorista Estado Islâmico Khorasan (Isis-K) em ataques no Afeganistão e Rússia que resultaram na morte de dezenas de pessoas.
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A prisão foi formalizada no último domingo, 2, e divulgada nesta quarta-feira, 5. A denúncia, apresentada pelo FBI, detalha o envolvimento direto de Sharifullah em pelo menos três atentados terroristas. Segundo o documento, o acusado admitiu sua participação durante interrogatório.
Sharifullah teria sido recrutado para o Isis-K por volta de 2016 e, desde então, se tornou membro ativo da organização. O grupo, braço do Estado Islâmico na região do Afeganistão e do Paquistão, é considerado como organização terrorista pelo governo dos EUA há nove anos.
Terrorista atuava no Afeganistão
Entre os ataques em que Sharifullah teria tido papel ativo está o atentado em Cabul, Afeganistão, que vitimou mais de dez guardas da embaixada canadense em 2016. De acordo com o depoimento, o acusado vigiou a área e transportou o homem-bomba até o local do atentado.
Outro episódio destacado na denúncia é o ataque ao portão Abbey, do Aeroporto Internacional Hamid Karzai, em agosto de 2021, durante a retirada de tropas norte-americanas do . Na ocasião, um homem-bomba matou 13 militares dos EUA e aproximadamente 160 civis.

Sharifullah admitiu ter prestado apoio logístico à operação, através de reconhecimento de rotas e checagem de postos de controle antes do atentado. Ele teria comunicado aos membros do Isis-K que “a rota estava livre e que o atacante não seria detectado”.
Mais recentemente, Sharifullah teria contribuído para o atentado na casa de shows Crocus City Hall, em Moscou, ocorrido em março de 2024, que deixou cerca de 130 mortos. O acusado enviou vídeos de treinamento com armas para os agressores, dois dos quais foram identificados como os mesmos indivíduos que receberam as instruções.
O mandado de prisão contra Sharifullah foi expedido pelo Tribunal Distrital do Leste da Virgínia, com base na acusação de fornecer apoio material ao com resultado morte, o que configura violação do Código Penal dos EUA.
O FBI declarou que há “causa provável para acreditar que Sharifullah conspirou para fornecer recursos a uma organização terrorista designada, resultando em morte”. Caso condenado, ele pode enfrentar prisão perpétua.
Fonte: revistaoeste