O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, visitou Israel para discutir questões no Oriente Médio. Em reunião com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, neste domingo, 16, ele reafirmou que os EUA defendem a eliminação do grupo terrorista Hamas como força militar e política na região.
A visita marca a primeira ida de Rubio ao Oriente Médio desde que assumiu o cargo. Na coletiva de imprensa realizada depois da reunião, ele apoiou o plano do presidente norte-americano, Donald Trump, para ocupar a e transferir a população palestina para países vizinhos, como Egito e Jordânia.
A proposta enfrenta forte oposição internacional por ser vista como uma “violação dos direitos humanos”, já que forçaria o deslocamento de cerca de 2 milhões de palestinos. Netanyahu a considera uma “visão audaciosa”, especialmente depois de mais de um ano de operações militares que devastaram Gaza.
O primeiro-ministro do país judaico disse que Israel e os EUA têm uma “estratégia comum” para torná-la realidade. De acordo com ele, os palestinos poderiam sair do território em busca de melhores condições de vida.
Enquanto isso, o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, reafirmou que a criação de um Estado palestino é “a única garantia” de paz no Oriente Médio.
Negociações de cessar-fogo com o Hamas
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A visita de Rubio ocorreu um dia depois que três reféns israelenses foram libertados pelo Hamas em troca de 369 prisioneiros palestinos. O ato marcou a sexta troca desde o cessar-fogo, que seguiu mais de 15 meses de conflito armado.
Netanyahu aproveitou a ocasião para lembrar a tensão antes da troca, afirmando que Israel responderá rigorosamente se todos os reféns não forem devolvidos. Ele instruiu sua equipe de negociadores a viajar para o Cairo, no Egito, nesta segunda-feira 17, para discutir a continuidade do cessar-fogo em Gaza.
Cooperação EUA–Israel
Além disso, Israel recebeu um carregamento de bombas dos EUA neste sábado, um detalhe que reforça a continuidade do apoio militar norte-americano.
Outro ponto discutido foi a ameaça representada pelo Irã, inimigo comum de Israel e dos Estados Unidos. Netanyahu destacou que, sob a liderança de Trump, Israel tem enfraquecido a capacidade terrorista iraniana.
“Nos últimos 16 meses, Israel desferiu um duro golpe ao acesso terrorista do Irã”, afirmou o premiê israelense. Nesse sentido, assegurou que o trabalho será concluído com o apoio inabalável dos EUA.
Fonte: revistaoeste