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Estudo revela: Formigas superam humanos no problema dos carregadores de piano

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Humanos e formigas sĂŁo os Ășnicos dois animais capazes de atuar em grupo para mover objetos maiores e mais pesados do que seus prĂłprios corpos.

Essa constatação inspirou a equipe do entomĂłlogo Ofer Feinerman, do Instituto Weismann de CiĂȘncias, a constuir um quebra-cabeça com duas versĂ”es – uma em escala humana, outro na escala das formigas – e verificar qual das espĂ©cies Ă© capaz de resolvĂȘ-lo mais rĂĄpido. Veja sĂł:

Formigas e humanos competem para manobrar uma carga em forma de T através de um labirinto.

NĂŁo Ă© qualquer quebra-cabeça. Trata-se de um clĂĄssico das ciĂȘncias da computação conhecido como piano movers puzzle ou piano movers problem (em portuguĂȘs, o “problema dos carregadores de piano”). Ele costuma ser usado para treinar algoritmos, robĂŽs e afins.

O objeto que protagonizou o problema na vida real nĂŁo foi um piano e era leve o suficiente para ser arrastado para lĂĄ e para cĂĄ, embora fosse grande e desajeitado. Ele tinha o formato aproximado de uma letra T e o objetivo era navegĂĄ-lo por duas passagens estreitas, que vocĂȘ vĂȘ nas fotos acima e abaixo. 

As formigas convocadas para a missão eram bichinhos pretos de 3 mm da espécie Paratrechina longicornis, comum no mundo todo. A metodologia e os resultados do estudo saíram no periódico especializado PNAS; acesse aqui. 

Humanos e formigas competiram dezenas de rounds divididos em trĂȘs etapas: com competidores solitĂĄrios, com grupos pequenos (de sete indivĂ­duos no caso das formigas e seis a nove no caso dos humanos) e com grupos grandes (de oitenta formigas e 26 humanos).

Formigas e humanos competem para manobrar uma carga em forma de T através de um labirinto.
(Weizmann Institute of Science via Youtube/Reprodução)

Nas competiçÔes um contra um, os humanos foram muito mais råpidos que as formigas. Nas competiçÔes em grupo, porém, o desempenho humano foi pior que o dos insetos em ambos os cenårios propostos: em um deles, os voluntårios podiam se comunicar verbalmente, no outro, eram obrigados a ficar calados e usar um aparato que disfarçava as expressÔes faciais, de modo a igualå-los às formigas.

“NĂłs demonstramos que as formigas sĂŁo mais espertas que em grupo; que, para elas, o todo Ă© maior do que as partes”, disse Feinerman em declaração Ă  imprensa. “Em contraste a isso, formar grupos nĂŁo expandiu as capacidades cognitivas dos humanos.”

 

 

 

Fonte: abril

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