MATO GROSSO

Estudo revela benefícios do calcário e gesso na produtividade da soja em Mato Grosso: confira!

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Um projeto experimental conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus de Sinop, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), avaliou o impacto da aplicação de calcário dolomítico e gesso agrícola na cultura da soja em área comercial no município de Sinop. Os primeiros resultados, obtidos na safra 2024/2025, mostram respostas já no primeiro ciclo de cultivo.

A pesquisa foi realizada em 64 parcelas experimentais, com diferentes combinações de doses de calcário e gesso, aplicados superficialmente antes da semeadura. A variedade utilizada foi a Olimpo IPRO (80i82), cultivada em sistema de plantio direto. O ciclo da soja teve início em 20 de outubro e foi concluído com a colheita em 6 de fevereiro, totalizando 109 dias.

O experimento faz parte da Cooperação nº 0251/2024 FAPEMAT/UFMT, Bolsa de Iniciação Científica (IC) da área de Ciências Agrárias conduzida pelo discente Luis Marciano Toniazzo Putton, e coordenado pelo professor Cassiano Spaziani Pereira, e teve como título, “Aplicação de Gesso Agrícola sobre os componentes de produtividade da cultura da soja”. 

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Entre os indicadores avaliados estavam altura das plantas, diâmetro do caule, número de vagens, número de grãos por vagem, peso de mil grãos, produtividade final, além de análises laboratoriais relacionadas a clorofila, transpiração relativa e nutrição da planta.

Os principais resultados identificados foram:

A aplicação de calcário contribuiu para o aumento da produtividade já na primeira safra, indicando efeito imediato na correção da acidez do solo.

O uso de gesso agrícola elevou o peso médio dos grãos, associado à melhoria da qualidade do produto colhido.

Plantas que receberam gesso apresentaram tendência de maior altura, embora outras características morfológicas tenham variado menos.

O levantamento também registrou redução nos teores de cobre e ferro nas folhas em tratamentos com doses mais elevadas de calcário. O efeito está relacionado ao aumento do pH do solo, que pode diminuir a disponibilidade desses micronutrientes. O dado reforça a necessidade de monitoramento nutricional contínuo e uso equilibrado dos corretivos.

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Segundo o coordenador da pesquisa, o professor Cassiano Spaziani  Pereira,  ”os resultados sugerem que produtores da região, sobretudo em áreas de solos ácidos e baixa saturação por bases, podem se beneficiar da aplicação de calcário e gesso já a partir da primeira safra. No entanto, os efeitos mais consistentes desses insumos tendem a ocorrer de forma acumulativa ao longo dos anos, em função da interação gradual com o perfil do solo”.

O estudo integra um projeto de iniciação científica envolvendo estudantes de Agronomia da UFMT, sob orientação de professores e pesquisadores do campus de Sinop. A equipe pretende dar continuidade ao monitoramento nas próximas safras, avaliando a evolução da fertilidade do solo, a fisiologia da planta e a dinâmica de nutrientes.

Fonte: mt.gov.br

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