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SAÚDE

Estudo aponta que passar tempo demais nas redes sociais pode causar tédio

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O TikTok, o YouTube e o Instagram tĂȘm plataformas de vĂ­deos onde vocĂȘ pode ficar rolando a tela infinitamente, de um conteĂșdo para o outro, buscando aquele tesouro maravilhoso que o algoritmo estĂĄ escondendo atrĂĄs do arco-Ă­ris. Essa surpresa pode ser sĂł tĂ©dio, como mostra um novo estudo de cientistas da Universidade de Toronto, no CanadĂĄ.

Ficar rolando de um vĂ­deo para o outro, ou mesmo passando para trĂĄs e para frente num mesmo vĂ­deo, aumenta o sentimento de tĂ©dio. O estudo mostrou que o aborrecimento nasce quando hĂĄ uma lacuna entre quĂŁo engajados nĂłs estamos com algo, e quĂŁo engajados gostarĂ­amos de estar. É uma questĂŁo de atenção. Quando um vĂ­deo nĂŁo sacia a vontade, o usuĂĄrio passa para o prĂłximo, e para o prĂłximo
 aumentando o tĂ©dio ao invĂ©s de sanĂĄ-lo.

Esses resultados, publicados no Journal of Experimental Psychology: General, estão de acordo com outros estudos recentes sobre o tema, que mostram que a vontade de parar com o tédio é um dos sentimentos que motiva as pessoas a mexer nas redes sociais, mas elas só intensificam a sensação de apatia e desinteresse.

Como funcionou o estudo?

O estudo contou com mais de 1.200 participantes, divididos entre sete experimentos diferentes. 140 pessoas demonstraram cientificamente algo aparentemente Ăłbvio: hĂĄ uma tendĂȘncia para trocar mais de vĂ­deos se o conteĂșdo Ă© considerado chato.

A etapa seguinte da pesquisa consistiu em um questionårio online respondido por 231 pessoas. O consenso encontrado entre elas foi que ter a opção de passar para a frente ou para trås num vídeo, ou passar para um próximo, deixa o ato de assistir menos entediante. O que os cientistas demonstraram depois foi o oposto.

Analisando de perto 166 estudantes universitårios voluntårios, os pesquisadores perceberam que eles ficavam mais entediados quando conseguiam passar um vídeo do que quando não conseguiam. 

Outros 159 estudantes receberam uma coleção de vídeos de cinco minutos entre os quais eles poderiam ficar trocando e um vídeo de dez minutos. Os mais entediados foram os que tinham mais escolha para ficar trocando.

Quando os voluntårios podiam escolher os vídeos que queriam no YouTube, o efeito diminuía, mas os resultados continuavam apontando para mais tédio quando os vídeos podiam ser pulados e passados.

Os resultados talvez nĂŁo sejam representativos de toda a população. Os efeitos sĂŁo aparentes em jovens de idade universitĂĄria, mas quando repetiram o experimento com adultos de idades diferentes, de 21 a 76 anos (idade mĂ©dia de 40), nĂŁo houve diferença de tĂ©dio entre alguns vĂ­deos de cinco minutos que poderiam ser pulados e um Ășnico vĂ­deo de dez minutos.

Fonte: abril

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