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Estudante de odontologia presa por divulgar ‘jogo do tigrinho’; defesa solicita liberdade

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Alvo da Operação Quéfren, deflagrada no último dia 2 contra divulgação de jogos de cassino nas redes sociais, a estudante de odontologia e ‘influenciadora digital’ Mariany Dias segue detida por ordem do Judiciário do Ceará. Com mais de 35 mil seguidores só no Instagram, ela divulga diariamente links para jogos ilegais, como o famoso “tigrinho”, estimulando o público a apostar dinheiro nos sites. O advogado Rodrigo Pouso Miranda, que patrocina a defesa dela, afirmou ao Olhar Jurídico que já se manifestou pela revogação da prisão e acredita que ela será colocada em liberdade nos próximos dias.
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A estudante de 20 anos foi presa no último dia 2, em sua casa no condomínio de luxo Florais da Mata, em Várzea Grande.
Pouso confirma que a prisão será revogada diante da falta de necessidade de manter a medida extrema e, além disso, que Mariany é primária, tem bons antecedentes, nunca se envolveu com crimes, possui residência fixa e é estudante. “Condições que autorizam, sim, a resposta ao processo em liberdade”, afirmou. Pedido de liberdade aguarda parecer do Ministério Público para posterior decisão.
Ela e sua colega de profissão e academia, Emily Souza, a qual está foragida, foram alvos da Operação Quéfren. Mariany foi presa ainda no dia 2, e Emilly até agora está sendo procurada pela Justiça.
Além dos mandados de prisão, foram cumpridos quatro de busca e apreensão pela Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá, contra as influenciadoras. Durante a operação, foram apreendidos o celular e notebook de Mariany Dias. O delegado responsável é Pablo Carneiro.
No perfil de Mariany, ela acumula mais de 31,6 mil seguidores, e divulga diariamente stories com links para os jogos ilegais, estimulando o público a apostar dinheiro nos sites. Ela também é acadêmica de Odontologia.
Já Emilly possui mais de 95 mil seguidores e compartilha uma vida de ostentação em meio a várias viagens para destinos conhecidos como de luxo. Ela se apresenta como influenciadora, modelo e jogadora do ‘tigrinho’. A PJC segue em busca de seu paradeiro para efetuar a prisão.
Além de Mato Grosso, a operação também foi deflagrada nos estados do Ceará, São Paulo e Pará. A ação tem como objetivo efetuar prisões e apreender bens de agentes de plataformas e influenciadores digitais, suspeitos de divulgar, fomentar e estimular a prática de jogos ilegais no Brasil.
A Operação Quéfren, coordenada pela Polícia Civil do Ceará, visa cumprir cerca de 70 mandados contra agentes de plataformas e influenciadores digitais.
Durante mais de um ano de investigação, comandada pela Polícia Civil do Ceará, os agentes constataram que os alvos eram responsáveis pelos sites de cassino e contratavam as chamadas “influencers” para divulgação dos jogos, com objetivo de estimular e promover as apostas não autorizadas.
As diligências apontam indícios de lavagem de dinheiro, estelionato praticado por parte dos investigados, além da existência de uma organização criminosa articulada de caráter transnacional. 
 
Os envolvidos utilizavam conta “demo/teste” para iludir os seguidores, bem como integram uma rede que negociavam diretamente com chefes das plataformas que tem como proprietários pessoas que residem no exterior, a sua maioria na China, fazendo a indicação de outros influenciadores digitais para a divulgação do “Jogo do Tigrinho”.
As duas ostentavam em seus perfis viagens de luxo com destinos como Europa, em Paris, Ilhas Maldivas, Japão, Amsterdã, Caribe, Chile e Argentina. Destinos badalados no nordeste também entraram na agenda.
 

Fonte: Olhar Direto

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