Via @portalmigalhas | A Polícia Civil de São Paulo investiga Ana Paula Veloso Fernandes, de 36 anos, estudante de Direito, suspeita de envolvimento em quatro mortes ocorridas neste ano nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo as investigações, os casos apresentam indícios de envenenamento, e a suspeita teria contado com a participação da irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, e de Michelle Paiva da Silva, filha de uma das vítimas. As informações são do G1 e do Infomoney.
A prisão foi decretada após a polícia apurar um episódio ocorrido no início de 2024 em uma faculdade em Guarulhos/SP, onde Ana Paula teria deixado um bolo supostamente envenenado em uma sala de aula. A investigação inicial apontava para tentativa de incriminação de uma terceira pessoa, mas a análise do caso levou os agentes a relacioná-la a outras mortes com características semelhantes.
De acordo com o inquérito, a polícia atribui à estudante os seguintes homicídios:
- Marcelo Hari Fonseca, em Guarulhos/SP, em janeiro;
- Maria Aparecida Rodrigues, também em Guarulhos, em abril;
- Neil Corrêa da Silva, em Duque de Caxias/RJ, também em abril;
- Hayder Mhazres, tunisiano de 21 anos, em São Paulo, em maio.
A Polícia Civil afirma que, em todos os casos, Ana Paula esteve presente nos locais das mortes ou foi a primeira pessoa a acionar as autoridades. Os laudos preliminares indicaram edema pulmonar e sinais internos compatíveis com intoxicação. Três corpos foram exumados para análise laboratorial; o da vítima estrangeira não foi reavaliado porque foi trasladado para a Tunísia.
A investigação aponta que supostamente os crimes teriam motivações financeiras ou relacionais. Marcelo seria proprietário do imóvel onde a suspeita morava; Maria Aparecida havia conhecido Ana Paula por meio de aplicativo de encontros; Neil seria pai de uma ex-colega de faculdade; e Hayder teria mantido relacionamento recente com a investigada. A polícia sustenta que Michelle Paiva, filha de Neil, teria pago R$ 4 mil para que o pai fosse morto.
Ana Paula foi presa preventivamente em julho. Roberta foi detida em agosto. Michelle foi localizada e presa na semana passada no Rio de Janeiro e transferida para São Paulo.
Em setembro, o Ministério Público de São Paulo denunciou Ana Paula pelos quatro homicídios e pediu a manutenção da prisão preventiva. A Justiça aceitou a denúncia e abriu ação penal. As outras duas investigadas ainda não foram formalmente denunciadas, mas a Promotoria informou que avalia a participação de cada uma nos casos.