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‘Nova descoberta: Tumba egĂ­pcia de 2.500 anos revela segredos antigos’

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As escavaçÔes em um complexo funerĂĄrio em Damietta, no Egito, revelam artefatos que estavam enterrados hĂĄ quase 3 mil anos. Os 63 tĂșmulos continham cerĂąmicas, espelhos, moedas e figuras de divindades em ouro.

Acredita-se que os artefatos e as tumbas sejam do período tardio do Egito antigo, entre 664 a.C. e 332 a.C. Segundo os cientistas, as relíquias ajudam a compreender o comércio exterior egípcio na Idade do Bronze, quando Damietta servia como centro de comércio exterior com cidades do Mediterrùneo.

Embora não tenham sido encontrados restos mortais humanos, os cientistas descobriram piras funerárias – estruturas de madeira usadas para cremar o corpo. 

AlĂ©m disso, tambĂ©m foram encontradas estatuetas de folha de ouro que eram notĂĄveis porque pareciam representar “pĂĄssaros-bá”. Essas criaturas mitolĂłgicas tinham asas, cabeça e braços humanos e acreditava-se que protegiam o espĂ­rito do falecido em sua passagem para a vida apĂłs a morte.

Outros amuletos para proteção na vida apĂłs a morte tambĂ©m estavam nas tumbas, como lĂąminas de ouro representando divindades como Ísis, Bastet e HĂłrus. Segundo os pesquisadores, esses itens eram amuletos para que o falecido tivesse o direito de falar perante a corte de OsĂ­ris na vida apĂłs a morte. 

O chefe da missĂŁo arqueolĂłgica e da Administração Central de Antiguidades do Baixo Egito e Sinai, Qutb Fawzy, afirmou em nota do MinistĂ©rio do Turismo e Antiguidades que os “amuletos funerĂĄrios que sĂŁo altamente precisos em termos de habilidade e esplendor da indĂșstria, assim como diversidade de materiais de fabricação.”

A descoberta também inclui uma coleção de vasos de cerùmica importados e fabricados localmente, lançando luz sobre as trocas comerciais entre Damietta e as cidades costeiras do Mediterrùneo. 

Segundo Ayman Ashmawy, chefe do Setor de Antiguidades Egípcias, essas descobertas destacam o papel de Damietta como um centro comercial estratégico durante diferentes períodos históricos. A combinação de elementos locais e importados nos artefatos demonstra as ricas interaçÔes comerciais e culturais da cidade com outras regiÔes.

Entre as relĂ­quias, havia um pote de cerĂąmica com 38 moedas do perĂ­odo ptolomaico (304 a 30 a.C.), quando um dos descendentes do general de Alexandre, o Grande, governou o Egito. Esse cofrinho Ă© uma evidĂȘncia do perĂ­odo polĂ­tico turbulento que Damietta enfrentava.

Quando os gregos assumiram o controle do Egito, tentaram forçar toda uma mudança cultural: introduziram um novo idioma, uma nova religião e um novo modo de vida. Foi nessa época que as figuras de Zeus foram cunhadas nas moedas oficiais. Os egípcios nativos não curtiram,e dois faraós lideraram uma rebelião em 206 a.C.

ApĂłs a revolta, houve uma retirada em massa das moedas e elas receberam marcaçÔes adicionais. Entretanto, as 38 moedas de bronze encontradas pelos arqueĂłlogos haviam sido escondidas por alguĂ©m que nĂŁo estava disposto a atender Ă s exigĂȘncias dos novos governantes.

SĂŁo centenas de objetos diferentes. Quando decifrados, cada um revela um fragmento da histĂłria do Egito antigo.

Fonte: abril

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FĂĄbio Neves

Jornalista DRT 0003133/MT - O universo de cada um, se resume no tamanho do seu saber. Vamos ser a mudança que, queremos ver no Mundo