Homem vestido de dinossauro acalma garoto autista em crise
Um homem vestido de dinossauro , que é um garoto autista, a superar uma crise. O fato aconteceu em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Dino é mascote de uma loja de roupas e ajudou a acalmar o menino. Segundo a mãe, a professora Magali Varela, o pequeno Théo Varela teve uma crise em uma loja de material escolar e o homem o ajudou com muito carinho. Ele segurou a mão do garotinho, caminhou um pouco pelo local, conversou com ele e deu toda a assistência até a crise passar.
As imagens desse momento foram compartilhadas em uma rede social e , mas repleto de carinho e cuidado. O passeio durou pouco, menos de uma quadra, mas a paciência do rapaz vestido com o personagem acalmou Théo.
Garoto autista: a crise
A mãe explicou que estava com Théo dele quando tudo aconteceu. Além disso, a crise se agravou quando o filho ouviu uma resposta negativa.
“Nós entramos em uma loja e o excesso de informação visual mexeu com a capacidade sensorial dele. [O Théo] também queria que eu comprasse mais um dinossauro para a sua coleção, mas eu expliquei que não poderia comprar. Ele ficou muito nervoso, começou a chorar e nós tivemos que sair da loja”, contou a mãe.
O amigo Dino
A professora conta que o filho saiu em desespero do estabelecimento e nada do que ela fazia para tentar acalmá-lo parecia adiantar. Foi então que a ajuda inusitada surgiu para ela.
Mãe e filho estavam próximos à Loja do Dino, que é especializada em roupas infantis e que por coincidência tinha um dinossauro como mascote. “Eu sentei com o Théo num banquinho para tentar acalmá-lo, foi então que o Dino apareceu. Ele (Dino) ofereceu pipa, pirulito, mas tudo o Théo recusava”, disse Magali.
A professora contou que o filho ama dinossauros. “Ele falou T-Rex antes de pai e mãe. Só em casa ele tem em torno de uns 200 bonecos de dinossauros. É comum que autistas tenham grande interesse em algo ou em determinado assunto. É o hiperfoco, que no caso do Théo se manifesta pelo fascínio pelos “Dinos”.
No entanto, mesmo encantado com os dinossauros, foi um desafio agradar Théo. O menino só começou a se acalmar depois que Dino pegou em sua mão e começou a caminhar pela calçada.
Garoto autista e Dino: melhores amigos
A atitude de Dino . Ela ainda não sabe quem estava por baixo da fantasia, mas quer voltar à loja para marcar outro encontro entre o filho e o seu “melhor amigo”.
“Ele não se importou de ajudar meu filho, teve paciência de tentar acalmar”, afirmou a professora detalhando que, depois do “passeio com o Dino” foi possível fazer as compras planejadas.
“Muitas pessoas ao verem uma criança autista chorando, em crise, seja em um supermercado, no centro ou em alguma loja, acham que , relatou a mãe.
Segundo a professora, há inclusive interpretações erradas: “Insinuam que se fosse filho delas, já teriam resolvido a situação e isso é uma prova da falta de conhecimento, ”.
Para tentar facilitar o entendimento das pessoas sobre a condição do filho, Magali costuma vestir Théo com a camisetinha que tem a estampa do quebra-cabeças colorido, o símbolo do autismo. No dia do passeio com Dino, inclusive, Théo estava com ela.
Redes sociais
Magali externou toda a sua gratidão no Facebook. Emocionada, ela não economizou palavras para sua gratidão pela sensibilidade e .
“Achei muito linda a atitude do Dino da Loja do Dino que fica na Dom Aquino, por tentar acalmar nosso Théozinho (autista). Depois de uma crise, ele estava muito nervoso e foram várias as tentativas de acalmá-lo. O Dino andou com ele até a metade do quarteirão conversando. Dino, obrigada, continue assim, você está no caminho certo. Por mais pessoas como você”, escreveu ela.
A postagem também viralizou na página Passeando em Campo Grande, onde já acumula muitas curtidas e recebeu muitos comentários carinhosos.
“Por mais pessoas que se preocupem com pessoas! Parabéns, Dino, por compreender a situação momentânea, você arrasou!”, disse uma internauta.
Outra internauta acrescentou: “Parabéns pela sua sensibilidade. Por mais Dinos no mundo”.
Conviver com o autismo é desafiador, mas Magali acredita que a mentalidade das pessoas sobre o transtorno está mudando aos poucos e isso ajuda a A prova disso são exemplos como o Dino da Rua Dom Aquino.
Fonte: melhorcomsaude