Recentemente, a ministra da , Esther Dweck, disse que o déficit de R$ 8 bilhões das estatais não representa um rombo fiscal. Ela justificou a declaração ao afirmar que o resultado negativo é “apenas uma demonstração contábil”. Também disse que a “maioria das empresas ainda é lucrativa”.
A frase, contudo, gerou memes nas redes sociais. O deputado federal Junio Amaral (PL-MG), por exemplo, escreveu que a “ministra explica que rombo não é rombo”. Ou seja, “tem cara de rombo, jeito de rombo, cheiro de rombo, mas não se identifica como rombo”.
Outro internauta escreveu que, “depois de explicar que o déficit de R$ 8 bilhões não é rombo, ‘Esther Dweck recebe proposta para se tornar CEO da Americanas’”.
O déficit primário de R$ 8 bilhões das estatais foi o pior resultado desde o começo da série histórica, em 2001.
O resultado, que inclui dados de empresas públicas de municípios, Estados e União, exceto dos grupos Petrobras e Eletrobras, foi divulgado na sexta-feira 31, pelo Banco Central. Os bancos públicos, como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, também não entram no cálculo.
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Contudo, quando se consideram apenas as estatais federais, o resultado também é ruim. Nesse segundo ano do terceiro mandato do governo Lula, as empresas públicas federais tiveram o pior desempenho da história, com déficit de R$ 6,7 bilhões. As empresas controladas por Estados e municípios, por sua vez, tiveram um resultado deficitário de R$ 1,3 bilhão e R$ 39 milhões, respectivamente.
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O montante de R$ 6,7 bilhões corresponde a dez vezes o déficit das estatais federais registrado em 2023.
A secretária de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério da Gestão e Inovação, Elisa Leonel, disse que o déficit das estatais federais em 2024 foi influenciado pelo resultado negativo dos Correios, que sozinhos tiveram déficit de R$ 3,2 bilhões.
Fonte: revistaoeste