Segundo informações divulgadas na última semana pelo jornal italiano La Gazzetta dello Sport, o Mundial de Clubes FIFA, previsto para estrear um formato inédito em 2025, está bastante ameaçado. O torneio, marcado para acontecer entre os meses de junho e julho, ainda não teve seus direitos de transmissão comercializados em vários continentes, incluindo a Ásia e a América do Sul.
Apesar do conselho da FIFA ter confirmado detalhes importantes da competição, a falta de financiamento pode afetar o planejamento da entidade. De acordo com fontes ouvidas pelo jornal, o prazo final para receber as propostas de transmissão do evento foi encerrado no dia 25 de setembro.
Desse modo, o desinteresse dos patrocinadores em adquirir as cotas de TV do Mundial de Clubes irá dificultar os planos da FIFA, que pretendia arrecadar cerca de 4 bilhões de euros com eles. A competição, que tem o intuito de reunir os 32 melhores clubes do mundo e poderá movimentar as casas de apostas esportivas em 2025, segue apenas com o interesse da Apple TV em comprar parte dos direitos de transmissão.
Atletas europeus ameaçam entrar em greve
Outra questão complicada para a FIFA é a insatisfação dos atletas que jogam na Europa com o calendário de competições. Nos últimos meses, vários jogadores se manifestaram sobre o assunto e cogitaram até mesmo entrar em greve. Além das datas adicionais do novo Mundial de Clubes aprovado pela FIFA, a Champions League também passou por uma reformulação recente, resultando em mais partidas ao ano.
O meio-campista espanhol Rodri, que joga atualmente no Manchester City, foi um dos nomes mais assertivos nas críticas ao calendário. Além dele, outros jogadores de grande reconhecimento, como o goleiro Thibaut Courtois, o lateral-direito Daniel Carvajal e o ponta-direita Bernardo Silva, também já comentaram sobre a possibilidade de uma greve entre os atletas.
Sindicatos e dirigentes se manifestam de forma contrária ao Mundial
Em apoio às críticas dos jogadores europeus direcionadas à FIFA, sindicatos e dirigentes também se posicionaram de forma contrária ao número elevado de partidas por temporada. Dois dos maiores sindicatos de jogadores da Europa, responsáveis por representar os atletas da Inglaterra e da França, lideram uma campanha em prol do cancelamento do Mundial de Clubes.
Já entre os dirigentes esportivos, o presidente da La Liga, Javier Tebas, é um dos nomes de peso que já sinalizaram sua postura a favor dos atletas. Segundo Tebas, os jogadores estão corretos em cogitar uma possível greve, pois o acúmulo de jogos tem gerado diversos problemas, os quais a FIFA ainda se recusa a reconhecer.
Qual o posicionamento da FIFA sobre as divergências?
Até o momento, representantes da FIFA ainda não se pronunciaram oficialmente sobre a falta de interesse na compra das cotas de televisão do Mundial de Clubes, ou ainda sobre a insatisfação dos atletas. No entanto, apurações conduzidas pela imprensa europeia destacam que o presidente da entidade, Gianni Infantino, vem projetando uma força-tarefa para minimizar o descontentamento dos jogadores.
Além disso, o presidente da entidade máxima do futebol mundial também planeja convencer a Arábia Saudita, que será a sede da Copa do Mundo de 2034, a demonstrar apoio ao novo formato do Mundial de Clubes. Caso isso aconteça, o país deverá assinar um dos principais contratos de transmissão do torneio.
O que está definido atualmente é que o Mundial de Clubes acontecerá entre os dias 15 de junho e 13 de julho de 2025. Porém, ainda existem vagas disponíveis a serem preenchidas, e a FIFA ainda não definiu quais cidades irão receber a competição.
Fonte: odocumento