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Escassez de Remédios Básicos em Cuiabá: MP alerta para falta de dipirona

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Um relatório técnico do Ministério Público de Mato Grosso (MPE) apontou que 25% dos medicamentos padronizados pela Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remume) estão em falta nas unidades de saúde de Cuiabá, incluindo remédios básicos como Dipirona, Amoxicilina, Metformina e Sulfato Ferroso.

O levantamento foi feito durante vistoria no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos (CDMIC) em 28 de maio e revelou falhas graves no planejamento, nas aquisições e na logística da Secretaria Municipal de Saúde.

No total, 39 dos 153 medicamentos essenciais estavam indisponíveis no estoque. A lista inclui também psicotrópicos como Fluoxetina, Carbamazepina, Ácido Valpróico, Amitriptilina e Fenobarbital, além de Hidroclorotiazida, usada no tratamento da hipertensão. A falta desses itens compromete diretamente o atendimento da população e pode agravar quadros clínicos.

25% em falta

39 dos 153 medicamentos padronizados estão indisponíveis.

Remédios básicos

Ausentes: Dipirona, Amoxicilina, Metformina, Sulfato Ferroso.

Psicotrópicos

Faltam Fluoxetina, Carbamazepina e outros essenciais.

Descarte

Mais de 1 milhão de comprimidos de Enalapril foram descartados.

Causas

Fim do CISVARC e falhas nas licitações dificultam reposição.

Problemas na distribuição

Falta de motoboys e veículos sobrecarrega as unidades de saúde.

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O relatório destacou ainda o descarte de mais de 1 milhão de comprimidos de Enalapril, medicamento amplamente usado para controle da pressão arterial, mesmo com pedidos ativos das unidades de saúde. Além do desabastecimento, a vistoria apontou problemas na distribuição: sem motoboys e veículos suficientes, as próprias unidades têm buscado os insumos no CDMIC.

Entre janeiro e maio deste ano, a média mensal de medicamentos em falta foi de 38 itens, com pico em abril, quando 43 medicamentos estavam indisponíveis. O fim dos contratos com o Consórcio Intermunicipal de Saúde (CISVARC) e a ausência de novos processos licitatórios eficientes foram apontados como principais causas do desabastecimento.

Diante do cenário, o MPE reforçou as cobranças à prefeitura e alertou que, se as falhas não forem corrigidas, medidas judiciais serão adotadas.

O promotor Milton Mattos da Silveira Neto afirmou que o município deve garantir a disponibilidade de todos os medicamentos padronizados e manter um fluxo eficiente entre o CDMIC e as unidades.

O relatório também apontou que a reestruturação da aquisição de medicamentos, agora sob a responsabilidade da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), ainda não apresentou resultados concretos para regularizar os estoques. A indefinição sobre o uso do Pregão Eletrônico/SRP nº 004/2025/PMC segue como um dos entraves para normalizar o fornecimento.

Além das falhas no abastecimento, há problemas na execução do inventário e no cumprimento de decisões judiciais relacionadas ao fornecimento de medicamentos a pacientes que obtiveram ordens judiciais.

Fonte: primeirapagina

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