Ari Miranda
Única News
Em meio a gritos e vaias da população, os vereadores de Tangará da Serra (242 km de Cuiabá) aprovaram, na Sessão Parlamentar de terça-feira (11), dois projetos de resolução que estabelecem a criação de auxílios saúde e alimentação aos parlamentares da Casa, totalizando o valor de R$ 5 mil mensais.
Com o benefício, o salário dos vereadores tangaraenses chegaria à casa dos R$ 22 mil por mês, considerando que o salário atual dos parlamentares é de R$ 10,7 mil e a verba indenizatória é de R$ 6,3 mil.
Indignados com a possibilidade da criação dos auxílios, um grupo de pessoas foi até a Casa de Leis protestar. Sob gritos de “vergonha” e “vagabundos”, o presidente da Câmara, Edmilson Porfírio (Pode), foi obrigado a suspender a sessão por 10 minutos, solicitando até mesmo a presença da Polícia Militar para retirar os manifestantes do local – o que não aconteceu.
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Os projetos foram propostos pelos 14 vereadores da Casa, que usaram como justificativa a margem orçamentária de 2025 da Câmara, que terá um duodécimo de R$ 15 milhões. Mesmo sob forte pressão popular e revolta, as duas proposições foram aprovadas por maioria de votos (13 votos).
Porém, após a repercussão rápida e negativa na imprensa local e o fato de terem menosprezado os anseios da população local durante a votação, nesta quarta-feira (12) os vereadores voltaram atrás e, em coletiva de imprensa, anunciaram a derrubada da criação dos dois auxílios, destacando que a revogação ocorreu em respeito à população, que “não entendeu” os projetos em questão.
“Queremos esclarecer que o projeto referente aos auxílios dos vereadores é custeado exclusivamente pelo orçamento do Poder Legislativo, sem impactar em nada o orçamento da Prefeitura e sem afetar áreas essenciais como saúde, educação, obras e outros serviços públicos. Caso houvesse qualquer impacto negativo, seríamos todos contrários a esse projeto, que sequer existiria nessas circunstâncias”, disse em nota a Mesa Diretora da Casa Parlamentar, emitida minutos após a sessão.
Além disso, no posicionamento, os vereadores afirmam que “narrativas políticas” teriam sido criadas no município e que estas “distorceram as informações e inflamaram parte da sociedade”.
“(…) diante da falta de compreensão por parte de uma parcela da população, esta Casa de Leis reconsidera o projeto e irá propor sua revogação, atendendo à vontade popular”, pontuaram.
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Fonte: unicanews