Sophia @princesinhamt
PolĂ­tica

EscĂąndalo: Condenado por vazamento revela detalhes da entrevista do Intercept Brasil

2025 word2
Grupo do Whatsapp CuiabĂĄ

O brasileiro Josiel Gomes de Macedo, exilado na depois de ter sido condenado pelo 8 de janeiro, revelou detalhes da abordagem do repĂłrter Paulo Motoryn, do site Intercept Brasil, em Buenos Aires.

Motoryn produziu uma série de matérias nas quais denuncia envolvidos no protesto que fugiram do Brasil. Entre eles, destaca-se Josiel, que, após deixar o país, passou a trabalhar com turismo no país vizinho.

Em entrevista Ă  edição da sexta-feira 21, do , Josiel relatou como a abordagem de Motoryn se tornou uma inconveniĂȘncia que, inclusive, resultou em sua demissĂŁo.

“Tive que deixar minha mĂŁe, de 87 anos, alĂ©m de meus familiares, filhos e amigos, por tudo o que aconteceu comigo”, disse Josiel. “Perdi minhas lojas, que eram meu sustento. Todas as minhas redes sociais foram desativadas e minhas contas bloqueadas.”

Josiel relata que, durante um dia convencional de trabalho, Motoryn o abordou pedindo informaçÔes. No entanto, ele percebeu que nĂŁo se tratava de um cliente, jĂĄ que o repĂłrter fez “algumas perguntas estranhas”.

“No inĂ­cio, achei que ele fosse um turista, mas ele fez algumas perguntas estranhas, e entĂŁo percebi que era jornalista”, disse o exilado. “Se vocĂȘs observarem no vĂ­deo, fui simpĂĄtico com ele, como sou com todos os turistas, pois achei que ele era um turista.”

Ele alegou ter informado que precisaria consultar seu advogado antes de conceder qualquer entrevista. Nesse sentido, pediu o contato do repĂłrter, que teria fornecido o nĂșmero de Gabriel Gattas Guerra — um funcionĂĄrio da

O exilado afirma que Motoryn atrapalhou o seu trabalho, “pois havia muita gente na rua naquele dia”. Ele tambĂ©m notou que o repĂłrter tremia enquanto filmava a conversa.

“Ele tremia muito, e um amigo meu disse: ‘VocĂȘ nĂŁo pode chegar aqui filmando sem autorização’”, destaca Josiel. “Em resposta, ele afirmou: ‘Sou jornalista, nĂŁo sou bandido. Os bandidos aqui sĂŁo vocĂȘs. NĂŁo Ă©, Josiel? Foragido da Justiça, da PolĂ­cia. Um golpista.’”

O exilado disse que, naquele momento, Motoryn ainda tentou conversar com o seu superior na agĂȘncia de turismo, porĂ©m, sem encontrar o responsĂĄvel, foi embora.

Uma hora depois, o repĂłrter retornou e buscou novamente o responsĂĄvel pela empresa. Ele conversou com uma funcionĂĄria e solicitou a demissĂŁo de Josiel.

“Ele disse que nĂŁo era apenas para me mandar embora, mas tambĂ©m para me denunciar”, disse Josiel.  “Afirmou ainda que, se necessĂĄrio, enviaria um e-mail revelando quem eu era. Ela respondeu que nĂŁo faria nada disso, disse que eu era um colaborador e o mandou sair, ameaçando chamar a polĂ­cia.”

Ele afirma que, no dia 27 de março, enquanto trabalhava na rua, seu patrĂŁo o questionou se tinha visto as postagens de Motoryn sobre o ocorrido. Em seguida, o superior retornou Ă  agĂȘncia e enviou um ĂĄudio notificando a sua demissĂŁo.

Fonte: revistaoeste

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidåria que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.