O paciente Ezequiel de Oliveira, que está internado desde 21 de abril no Pronto-Socorro de Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, após um acidente, vive uma peregrinação no sistema de saúde. A filha dele Karolayne de Oliveira denunciou que o pai foi levado para o Hospital Metropolitano para atendimento especializado em ortopedia e depois devolvido por irregularidades na transferência.
Segundo a filha, Ezequiel sofreu múltiplas fraturas no joelho e a recomendação médica é de transferência urgente para um centro especializado em cirurgia ortopédica. Após aguardar 17 dias internado no Pronto Socorro, ele foi transferido, na madrugada do dia 8 de maio, para o Hospital Metropolitano.
No entanto, ao chegar à unidade, a equipe médica informou que a transferência não havia sido registrada oficialmente, não tendo sequer prontuário médico disponível e nem leito reservado. Por causa disso, o paciente foi encaminhado de volta ao pronto-socorro cerca de 2 horas depois.
“Não houve qualquer explicação formal sobre a devolução. Meu pai já estava há dias esperando uma vaga e, quando finalmente foi transferido, foi reenviado ao ponto de partida por falhas administrativas”, declarou Karolayne.
Ela ainda relatou que, mesmo após o retorno ao pronto-socorro, houve tentativas de dar alta a Ezequiel sem justificativa médica.
Karolayne disse que a coordenadora da regulação hospitalar teria solicitado a alta, contrariando a recomendação da equipe médica, que indicava a permanência do paciente na unidade devido à gravidade do quadro.
Até o momento, não há data definida para a cirurgia de Ezequiel. A filha cobra providências das autoridades de saúde e alega descaso. “Meu pai está com dor, sem previsão de cirurgia e lidando com essa instabilidade que coloca a vida dele em risco. É uma situação desumana”, afirma.
A reportagem tentou contato com a Prefeitura de Várzea Grande e com a coordenação do Hospital Metropolitano, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno.
Fonte: primeirapagina