Em um hospital, um gesto simples chamava a atenção de todos: todos os dias, um homem desconhecido entregava flores a uma paciente idosa com poucos dias de vida.
Curioso para entender o motivo, um enfermeiro decidiu descobrir a história por trás dessa rotina e acabou se emocionando profundamente.
Trabalhando no hospital há 10 anos, já presenciei muitas situações comoventes, mas a história dessa paciente e do homem que a visitava se destacou de forma única.
A paciente tinha 70 anos e, segundo os médicos, não tinha mais do que um mês de vida.
Apesar do prognóstico, ela mantinha o bom humor, compartilhava doces com a equipe e procurava animar outros pacientes.
O que mais chamava a atenção era a visita diária do homem, sempre trazendo um buquê diferente: rosas, tulipas, margaridas.
Cada vez que recebia as flores, a idosa se iluminava, pegava o buquê com cuidado e agradecia com alegria.
Ele nunca ficava muito tempo. Limitava-se a entregar as flores, dizer algumas palavras carinhosas e se despedir. Intrigado, perguntei a ele:
— Por que você traz flores todos os dias? Sabemos que você não é o marido dela.
O homem suspirou, emocionado, e respondeu:
— Você está certa. Tenho uma esposa, não sou o marido dela. Mas preciso fazer isso.
Ele então contou sua história: era amigo do marido da paciente, que estava em outro hospital, acamado e incapaz de se levantar.
Durante toda a vida, o marido presenteava a esposa com flores, sem motivo, apenas para vê-la sorrir.
Sabendo o quanto ela amava esse gesto, ele pediu ao amigo para continuar a tradição quando ele próprio não podia mais fazê-lo.
A cada buquê entregue, o homem cumpria fielmente o pedido do amigo, levando alegria e lembranças de um amor duradouro.
Ao ouvir a história, senti uma mistura de dor e admiração. Compartilhei a narrativa com o médico-chefe, e conseguimos transferir o marido da paciente para o mesmo hospital, colocando-os no mesmo quarto.
Nos dias que se seguiram, o casal voltou a se ver diariamente, de mãos dadas e sorrindo um para o outro.
O visitante misterioso não precisou mais trazer flores — agora, o marido podia testemunhar com seus próprios olhos a felicidade da esposa.
Infelizmente, a paciente faleceu pouco tempo depois. No entanto, seus últimos dias foram marcados pelo amor, cuidado e fidelidade, lembrando que gestos de ternura e amizade podem ser mais fortes do que qualquer doença ou tempo.
Essa história permanece como uma prova concreta de que o amor verdadeiro existe e se manifesta de maneiras inesperadas.
Fonte: curapelanatureza