Em uma iniciativa para universalizar o acesso à energia elétrica em regiões remotas de Mato Grosso, a Energisa está implementando um projeto de eletrificação solar no território indígena do Xingu. A tecnologia, desenvolvida pela própria concessionária e premiada mundialmente, utiliza painéis solares e baterias de lítio para fornecer energia básica às comunidades, com mínimo impacto ambiental.
Durante o podcast Radar News, do Grupo Única de Comunicação no Youtube, o diretor-presidente da Energisa, Marcelo Vinhaes, disse que o estado já é praticamente universalizado, mas ainda existem pontos isolados, como no Xingu, onde a empresa tem levado a energia por meio de sistemas fotovoltaicos.
Ele explicou que a solução, testada com sucesso no Pantanal Sul-Mato-Grossense, é robusta e foi projetada para não apresentar defeitos, garantindo um fornecimento de energia confiável. A obra é inteiramente custeada pela Energisa, e o morador paga apenas a conta de consumo, sem custos de instalação ou material.
Vinhaes também esclareceu a diferença entre as modalidades de energia. A conexão monofásica, ideal para residências e que permite o uso de geladeira, TV e ar-condicionado, é gratuita e obrigatória por lei para todos os brasileiros.
Já a conexão trifásica, de maior potência, é voltada para atividades econômicas como indústrias e fazendas. Nesses casos, a legislação prevê que o interessado pague pela obra, para que o custo não seja repassado aos demais consumidores por meio da tarifa, garantindo uma distribuição mais justa do investimento.
Apesar do grande potencial de energia solar em Mato Grosso, o executivo alertou para a necessidade de um planejamento energético nacional equilibrado. Ele defendeu que a expansão da energia intermitente (solar e eólica) deve ocorrer em conjunto com a energia de base (hidrelétricas e térmicas) para evitar a fragilização do sistema e o risco de blecautes.
Vinhaes também criticou a existência de subsídios para a energia solar, que, segundo ele, já é economicamente viável e não necessita de incentivos que acabam sendo pagos por quem não tem as placas solares.
Assista a íntegra da entrevista:
Fonte: unicanews