A conta do ministro Alexandre de Moraes na rede social X foi encerrada. A desativação foi apontada por usuários da plataforma na manhã desta sexta-feira, 21.
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Antes do encerramento, a conta de Moraes tinha cerca de 1 milhão de seguidores. O perfil, criado em 2017, deixou de ser usado meses antes do início do embate com Elon Musk, dono da rede social.
Em 2024, a plataforma ficou fora do ar no Brasil durante um mês, em decorrência de uma ordem do próprio Moraes.
O encerramento da conta de Moraes ocorre em meio a uma onda de medidas contra o magistrado. Além de Elon Musk, que critica o ministro desde o ano passado, o presidente Donald Trump e o CEO da Rumble, Chris Pavlovski, processaram o magistrado nos EUA.
Trump e a Rumble acusam Moraes de censura contra empresas norte-americanas (a Rumble e a Truth Social), o que viola a Constituição dos EUA. A informação é do jornalista Glenn Greenwald e foi publicada na terça-feira 19, no jornal Folha de S.Paulo. A ação tramita em um tribunal federal da Flórida, onde é a sede da Rumble.
A ação se fundamenta em ordens de censura recentes de Moraes. Ele determinou o fechamento da conta de Allan dos Santos na Rumble e a entrega de seus dados de usuário. Essa ordem viola a soberania, a Constituição e as leis dos EUA, afirma a ação.
Além disso, Moraes exigiu que a plataforma impedisse Allan dos Santos de criar novos perfis. As ordens do ministro são sigilosas, e a Rumble foi impedida de divulgar seu conteúdo.
CEO da plataforma de vídeos, Chris Pavlovski tem feito uma série de declarações contra o Moraes desde o retorno da Rumble ao Brasil. Além de anunciar o processo movido com a rede social de Trump, o executivo afirmou que, apesar de não ser brasileiro, lutará pela liberdade de expressão no Brasil.
“Posso não ser brasileiro, mas prometo que ninguém lutará mais pelos seus direitos à liberdade de expressão do que eu”, escreveu Pavlovski. “Lutarei até o fim, incansavelmente, sem jamais recuar.”
A declaração foi feita pouco tempo depois de Moraes determinar a indicação de um representante no Brasil, sob pena de suspensão. No mesmo dia, Pavlovski chamou a decisão de ilegal e afirmou que enfrentaria o magistrado nos tribunais dos EUA.
Fonte: revistaoeste
