Empresários vendem postos ao PCC e sofrem ameaças de morte por cobrança: entenda a relação perigosa

A megaoperação Carbono Oculto mirou esquema bilionário encabeçado pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) de adulteração de combustíveis que moveu mais de R$ 7 bilhões em todo país. Os proprietários dos postos agora comandados pela facção haviam vendido seus as unidades e teriam sido ameaçados de morte caso cobrassem o valor da transação à facção.

Em Mato Grosso, foram cumpridos mandados contra dez alvos e desses alvos, duas eram pessoas na cidade de Rondonópolis, uma no município de Feliz Natal e uma em Diamantino. Contudo, até o momento não há informações sobre a natureza dos mandados, se foram de prisão ou de busca e apreensão.
Segundo informações do Ministério Público de São Paulo (MPSP), um dos principais eixos da fraude alvo da operação é a importação do composto químico Metanol que chegava ao Brasil pelo Porto de Paranaguá, no Paraná e ao invés de ser entregue nos destinos originais, era transferido para os lugares administrados pela facção e posteriormente para os postos, onde a fraude era realizada.
Os clientes que abasteciam com o combustível misturado com o metanol, estariam recebendo uma quantidade menor do que estava sendo informado na bomba. A operação, deflagrada nesta quinta-feira (28) cumpre mandados de busca e apreensão e prisão nos Estados de São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A ação conta com o apoio dos Ministério Públicos e das unidades do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) de cada estado.