– A Justiça de Mato Grosso decidiu manter, nesta sexta-feira (14), a prisão preventiva de Welliton Gomes Dantas e Vinícius de Moraes Sousa, acusados de um esquema que teria desviado cerca de R$ 10 milhões da Bom Futuro, um dos maiores grupos do agronegócio do país.
A dupla havia sido presa em flagrante na quinta-feira (13), após investigação da Polícia Civil que revelou o uso sistemático de notas fiscais fraudulentas para simular o transporte de gado do grupo.
Em Cuiabá, o juiz Júlio César Molina Duarte Monteiro homologou a prisão preventiva de Welliton, que trabalhava há 10 anos na empresa e ocupava um cargo de confiança.
Durante a audiência, o magistrado entendeu que a liberdade dele poderia prejudicar as investigações e determinou sua permanência na cadeia.
Em Barra do Garças, o juiz Marcelo Sousa Melo Bento, da 2ª Vara Criminal, manteve a prisão de Vinícius, proprietário da Sousa Transportes, para onde eram emitidas as notas suspeitas.
O esquema
Segundo a Polícia Civil, Welliton emitia Conhecimentos de Transporte Eletrônico (CT-e) em nome da empresa de Vinícius, simulando serviços de transporte de gado que, na prática, eram realizados pela própria Bom Futuro.
Os pagamentos referentes às notas eram então liberados pelo próprio Welliton e transferidos para uma conta bancária usada pelo grupo, onde os valores eram divididos entre os envolvidos.
Durante depoimento, Welliton confessou participação no esquema e afirmou estar “arrependido”. A Polícia Civil ainda apura se outras pessoas participavam da fraude e se o montante desviado pode ser ainda maior.
A investigação segue sob sigilo.
Fonte: odocumento






