Tecnologia

Empresário de Cuiabá acusado de golpes com bitcoins de R$ 1 bilhão se livra de ação por prescrição

Grupo do Whatsapp Cuiabá
2025 word3
A juíza Maria Rosi de Meira Borba extinguiu a punibilidade de Philip Wook Han, paraense com ascendência coreana e sócio de uma imobiliária em Cuiabá, acusado de ter lesado milhares de investidores no país em até R$ 1 bilhão. “Quem não conseguir U$ 50 mil por dia é um fracassado”, disse ele em um dos vídeos publicados nas redes sociais, onde ostentava influência e vida de luxo.
Leia mais: 
Em decisão proferida nesta segunda-feira (24), a juíza anotou que Han foi acusado de crime contra a economia popular, ao qual a pena em abstrato cominada é de seis meses a dois anos. Assim, a prescrição se consuma em quatro anos. Como esse lapso temporal transcorreu desde o ajuizamento da ação, em 2021, sem interrupções, a juíza declarou a extinção da punibilidade por prescrição.
Han, sócio de uma imobiliária em Cuiabá, foi alvo de uma operação em São Paulo em 2022 e responde a alguns inquéritos em Mato Grosso. Em Cuiabá, ele respondia a uma ação por crime contra a economia popular. A defesa dele, patrocinada pelo advogado Artur Barros Freitas Osti, pediu a extinção da punibilidade com base na prescrição.
“Desta feita, constatado o decurso do lapso temporal superior a 04 (quatro) anos da data do fato (31/03/2021) até a presente data, sem qualquer causa interruptiva ou suspensiva da prescrição, o reconhecimento da extinção da punibilidade do agente é medida que se impõe. Ante o exposto, reconheço a prescrição da pretensão punitiva do Estado e JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE de PHILIP WOOK HAN”, anotou a juíza.
 
Han arquitetou fraude bilionária de criptomoedas no Brasil envolvendo a empresa FX Trading Corporation, que pode ter lesado milhares de investidores no país. As vítimas, que variam em idade e profissão—incluindo um juiz aposentado que perdeu mais de R$ 900 mil—, foram atraídas pela promessa de retornos financeiros extraordinários, como até 2,5% ao dia, e por eventos sofisticados promovidos pela empresa e seu suposto garoto-propaganda, Philip Wook Han.
A empresa cessou abruptamente as operações, congelando saques e saldos dos investidores, e reapareceu sob o nome F2 Trading, também com a participação de Han, que nega ser sócio. Promotores e especialistas acreditam que este é um esquema sofisticado de estelionato e pirâmide financeira, no qual o dinheiro dos novos investidores paga os antigos, e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já havia emitido alertas sobre as atividades irregulares de captação da FX Trading.
Segundo matéria da Folha de São Paulo, publicada em maio de 2020, a Polícia Civil está conduzia três inquéritos para apurar os crimes de estelionato, organização criminosa e crime contra a economia popular.
 

Fonte: Olhar Direto

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.