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Economia

Empresária desabafa sobre escassez de mão de obra: quem é ela?

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Em um vídeo gravado no mês passado, mas que voltou a repercutir nos últimos dias, a empresária Marisa Granchelli Oude Groeniger, de Holambra (SP), desabafa sobre a dificuldade em encontrar mão de obra para sua floricultura, a R.M. Flores.

Com 35 anos de experiência no ramo, Marisa administra dois sítios produtivos, onde cultiva violetas, fitônias e peperômias ao lado do marido. Atualmente, conta com uma equipe de 42 pessoas, distribuídas entre as duas unidades.

O principal obstáculo enfrentado por Marisa é manter a capacidade total de produção. Embora as vagas de emprego estejam disponíveis, a seleção de candidatos se torna um problema. “Chegam até nós, mas na entrevista já percebemos que não vai dar certo”, afirma. “Mesmo assim, tentamos.”

Encontrar mão de obra era mais fácil

Marisa observa que, antigamente, era mais fácil contratar trabalhadores para a floricultura. Muitos migravam do Paraná em busca de condições salariais melhores e se beneficiavam do fato de o trabalho ser protegido do sol.

Hoje, com a alta produção e as mudanças econômicas, a realidade é outra. “Muitos não querem mais trabalhar na agricultura”, relata. “Além disso, recentemente, muitas pessoas voltaram para seus Estados de origem, principalmente no . Outros querem trabalhar sem registro para acumular com algum benefício do governo.”

O crescimento econômico de também gerou novas oportunidades de emprego, o que tornou a concorrência pela mão de obra mais acirrada. Para o futuro, Marisa acredita que será necessário um novo modelo de gestão de pessoas, que inclua assistência psicológica e flexibilização dos horários de trabalho.

Automatização pode ser a solução, diz empresária

Diante desse cenário, a florista defende a necessidade de apoio governamental para a modernização do setor. “Precisamos urgentemente de suporte para importar equipamentos de automação, como os que já existem na Holanda”, enfatiza.

No passado, Marisa e seu marido chegaram a desenvolver uma máquina de seleção de mudas por imagem, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP). No entanto, o projeto foi interrompido depois que a empresa responsável pela tecnologia foi adquirida por um grande grupo industrial e perdeu o interesse na solução.

Fonte: revistaoeste

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