Economia

Embraer propõe fabricação de cargueiro nos Estados Unidos: uma estratégia de expansão promissora

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A apresentou ao governo dos uma proposta para produzir o cargueiro militar KC-390 em território norte-americano. A iniciativa busca principalmente escapar da tarifa de 10% sob imposição do presidente Donald Trump a produtos brasileiros. A medida passou a valer depois da exclusão da Embraer de uma lista de exceções tarifárias que a Casa Branca publicou recentemente.

O projeto prevê um investimento de aproximadamente meio bilhão de dólares. Assim, pode gerar cerca de 2 mil empregos diretos no país. A decisão sobre a proposta caberá à Força Aérea norte-americana. A instituição usa atualmente o modelo Hércules, da fabricante local Lockheed Martin. O modelo, contudo, tem sua origem na década de 1950 e estaria defasado em relação ao veículo brasileiro. 

Apesar da taxação, os cargueiros KC-390 não foram incluídos na nova tarifa adicional de 40%, que entrou em vigor nesta quarta-feira, 6. No entanto, continuam sujeitos à alíquota de 10% definida em abril por Trump como parte de um pacote de retaliações comerciais.

Nos próximos cinco anos, a importar cerca de US$ 21 bilhões em componentes que os Estados Unidos fabricam — como motores da General Electric e válvulas — e exportar US$ 13 bilhões em aeronaves. O saldo representa um superávit de US$ 8 bilhões para a balança comercial norte-americana.

Atualmente, a Embraer emprega mais de 2.500 pessoas nos Estados Unidos. A companhia mantém duas fábricas na Flórida, nas cidades de Melbourne e Jacksonville, além de cinco centros de manutenção espalhados pelo país. A aquisição de peças e equipamentos de fornecedores norte-americanos também gera, segundo a empresa, outros 10 mil empregos indiretos no país.

No setor civil, os jatos E175, com capacidade para cerca de 80 passageiros, são os mais utilizados na aviação regional dos EUA. Estima-se que mais de 80% dos aviões em operação nesse segmento sejam da Embraer.

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Em aeroportos estratégicos como LaGuardia, em Nova York, e Ronald Reagan, em Washington, os modelos brasileiros respondem por um terço dos voos realizados. A Embraer ganhou espaço depois da falência da canadense Bombardier. A empresa europeia Airbus, que incorporou a divisão de jatos regionais da Bombardier, opera com tarifa zero no mercado norte-americano, em razão de acordos comerciais entre os Estados Unidos e a União Europeia — o mesmo vale para a Boeing no sentido inverso. 

No entanto, os modelos oferecidos por Airbus e Boeing são considerados grandes demais para a aviação regional, o que dá vantagem à Embraer nesse nicho de mercado.

Fonte: revistaoeste

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